quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Adaptação bem feita



Bebês e crianças pequenas se sentem à vontade quando a creche acolhe as famílias e os objetos pessoais de todos

Cristiane Marangon (novaescola@atleitor.com.br)
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A decisão de matricular o filho na Educação Infantil é movida por diferentes razões. Alguns precisam apenas de um lugar para deixá-lo, enquanto outros entendem que esse é o ambiente mais apropriado para os pequenos. Nos dois casos, os primeiros dias na creche costumam não ser fáceis. As mães (ou responsáveis) choram discretamente, se sentindo culpadas pela separação, e a criançada abre o berreiro ao ver os adultos saírem pela porta. Evitar cenas assim é possível quando os profissionais escolares programam uma boa adaptação para todos. "Como, na maioria das vezes, essa é a primeira vivência de meninos e meninas num espaço coletivo fora de casa, devemos fazer dessa experiência a grande e boa referência para as próximas relações", diz Beatriz Ferraz, diretora de projetos de formação continuada da Escola de Educadores, em São Paulo.
No Colégio Farroupilha, em Porto Alegre, a professora Edimari Rodrigues Romeu tem grande preocupação com a adaptação. "Para amenizar o sofrimento das famílias, é preciso mostrar que as crianças ficam bem na creche", lembra. Com isso em mente, ela desenvolveu no início deste ano o projeto Um Cantinho da Minha Casa na Escola com sua turma de berçário. O trabalho com os pequenos, de até 1 ano e meio, durou dois meses e rendeu um diploma por ter ficado entre os 50 melhores do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 em 2007.

Durante a entrevista com as famílias, Edimari pediu fotos das crianças com os parentes, os animais de estimação e os brinquedos preferidos. "É importante que elas encontrem objetos pessoais na escola", justifica. "Isso dá a sensação de extensão de casa na instituição." Com o material, escolheu um canto, colocou um tapete colorido de EVA no chão e espalhou almofadas e brinquedos devidamente identificados. Em paralelo, confeccionou um painel com os retratos. Tirou cópias coloridas e as fixou em cartolina branca com um adesivo transparente largo. Por fim, colocou o mural na parede numa altura acessível ao grupo. 

Álbum de fotos 
As imagens originais foram para álbuns individuais. A professora cortou ao meio folhas coloridas de tamanho A4 e colou as fotos em cada pedaço. Depois, digitou as legendas no computador e imprimiu em papel branco. Nelas, o nome das pessoas e a situação ("Pedro com seus avós no parque", por exemplo). Para garantir mais durabilidade, envolveu as folhas com plástico adesivo transparente. Com o furador, fez dois orifícios em todas as páginas e as uniu com barbante. Na capa, escreveu "Eu e minha família". Como a intenção era deixá-los ao alcance da criançada, ela tomou o cuidado de não usar grampeador nem fio de náilon para não causar machucados.

Todos os dias, alguém chegava com um brinquedo para juntar ao canto. Edimari reunia a turma numa roda, fazia a chamada e mostrava o novo objeto. "Eu contava quem havia trazido e estimulava o empréstimo, mas nem sempre era atendida. Quem não queria compartilhar era respeitado", diz. Dessa maneira, ficava entendido o que pertencia a quem. O mesmo aconteceu com a inserção de fotos inéditas, com destaque para o nome e as peculiaridades de cada família.

O tempo todo, os pequenos estão livres para explorar o espaço. "Em alguns momentos, eles ficam um longo período olhando e observando seus parentes e os dos colegas", conta. Mas nem todos se acalmam vendo a imagem da família na parede. No princípio, era comum alguns chorarem de saudade. Quando isso acontecia, a educadora os pegava no colo e conversava sobre o momento em que se reencontrariam com os pais novamente. Um de seus argumentos era a proximidade da hora de saída. Para os que não têm autonomia para se locomover, como os bebês de colo e os que ainda não engatinham ou andam, a estratégia é levá-los ao painel ou fixar as fotos no chão com plástico adesivo transparente. Desde o início do ano, Edimari já refez o material algumas vezes por causa da manipulação, mas isso não é problema. O que importa mesmo é o bem-estar da turma. 

Envolvimento de todos 
O CEI Mina, na capital paulista, tem um projeto institucional de adaptação bastante elogiado. Assim que recebe a lista de interessados em fazer a matrícula, a diretora Rosangela Santos Barbosa marca uma entrevista com os pais ou os responsáveis. No dia combinado, ela aplica um questionário com perguntas sobre concepção, gestação, parto, relações afetivas, higiene, alimentação, sono e outros aspectos da vida da criança em casa. Sua intenção é reunir informações para que a equipe consiga fazer um atendimento personalizado. Depois, ela explica o planejamento pedagógico e apresenta todos os espaços e funcionários, dando ênfase aos lugares onde a criança vai ficar. O fim da conversa é um convite para que os adultos passem alguns dias na creche, acompanhando a rotina.

Rosangela tem objetivos definidos. "Quero proporcionar tranquilidade e fazer com que todos se sintam seguros acompanhando nosso trabalho", explica. A medida tem um ganho adicional. Com a família dentro da instituição, os professores aprendem mais rapidamente a melhor maneira de cuidar do novo integrante da turma. "O ideal é que a primeira troca de fraldas seja feita pela mãe com a observação do educador", defende a consultora Beatriz.
Na CEI Mina, os adultos participam ainda de palestras e discussões pedagógicas. "Sempre exibo um vídeo e leio sobre o tema adaptação antes de iniciar uma reflexão", conta a diretora. Além do ambiente preparado com mesa, cadeiras e videocassete, ela oferece um lanche. Nesse clima descontraído, todos se sentem à vontade para compartilhar impressões e angústias. Com o entrosamento no espaço escolar, Rosangela propõe uma oficina de sucata para a confecção de um brinquedo. A produção dos pais é sempre colocada na sala da creche. Outra iniciativa é integrar os participantes às atividades do dia-a-dia. "O envolvimento é tão grande que as pessoas não se restringem a dar atenção aos seus", narra.

Os especialistas recomendam ainda compartilhar um texto sobre o desenvolvimento infantil e explicar o que acontece em cada época da infância, principalmente na fase em que está o filho. 

A equipe e a família 
A equipe pedagógica também merece uma adaptação. "A rotina da instituição se altera completamente com a chegada de cada novo integrante, seja no início do ano, seja agora", justifica Silvana Augusto, assessora para Educação Infantil e formadora de professores, de São Paulo. Nesse caso, coordenadores e diretores devem orientar professores e demais funcionários sobre como se comportar: por exemplo, explicar aos cozinheiros que, se acriança rejeitar a comida, não é um problema do trabalho dele.

A adaptação é um período de aprendizagem. Família, escola e crianças descobrem sobre convívio, segurança, ritmos e exploração de novos ambientes, entre tantas outras coisas. Para as famílias das crianças do CEI Mina, fica a clareza de fazer parte da creche, pois a equipe considera o sentimento delas para desenvolver o próprio trabalho. "Estamos prontos para receber os pais. Eles são nossos parceiros!", diz Rosangela.
No Colégio Farroupilha, a professora gaúcha também alcançou seu objetivo: as crianças rapidamente ficaram tranqüilas dentro do novo ambiente. Para demonstrar isso aos pais ou responsáveis, fez fotos de diferentes situações, como a brincadeira no tanque de areia, a hora do lanche, o abraço apertado no brinquedo querido e os olhares felizes em direção ao mural. "As crianças aprendem a ficar longe da família e, com isso, se apropriam dos espaços da creche", avalia.

Organização da Sala de Aula



Organização da Sala de Aula
Texto de Ivanise Meyer
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A organização da sala de aula revela nossa maneira de pensar Educação.
Porém, pode acontecer que a organização seja padronizada pela escola, ou simplesmente existir pouca possibilidade de modificar o espaço por vários motivos...
No meu livro Brincar & Viver eu conto a minha história como professora de Educação Infantil e de como modifiquei o espaço da sala de aula para receber as crianças dessa faixa etária.
A arrumação da sala depende da professora, mas a manutenção da mesma deve ser compartilhada com as crianças: arrumar os brinquedos e livros, limpar o que sujar, são atitudes de cuidado com a sala.
A limpeza e higienização do ambiente deverá ser realizada pelo profissional responsável na escola.
Deixarei aqui no Baú de Ideias algumas sugestões para deixar sua sala mais aconchegante, alegre, dinâmica e organizada.
É importante ter um espaço para a "roda de conversas". As crianças devem sentar ao redor da educadora de forma confortável. Se necessário, pode-se forrar o chão com esteiras ou tapetes laváveis.
A "roda de conversas" também pode acontecer em outros espaços da escola como em um pátio, parque ou debaixo de uma árvore (quintal). O importante é garantir que a turma possa estar com a educadora sem "interrupções" externas.

Lemos para as crianças todos os dias!
Cada dia podemos ter um tipo de texto: um poema, uma história, uma parlenda, um trava-língua, um capítulo de uma história, uma informação sobre um animal...
É importante ler para a criança, pois o professor será seu modelo de leitor.
Essa leitura precisa ser planejada (escolha o livro, o tema, verifique se precisará de algum objeto ou música para enriquecer a leitura), o espaço poderá ser o mesmo da "roda de conversas", ou fora da sala (no pátio, debaixo de uma árvore, na sala de leitura ou biblioteca escolar).
Quantas mesas haverá na sala?
As mesas podem ser usadas como "cantinhos" (cantos) para: jogos pedagógicos, modelagem, colagem, desenho e brinquedos que necessitem do apoio da mesa.
As mesas também são usadas para atividades de escrita. Geralmente, o número de mesas equivale ao número de alunos na sala.
No trabalho diversificado, pode-se diminuir o número de mesas, pois nem todos estarão sentados fazendo uma mesma atividade.
O cantinho de leitura é um espaço importantíssimo na sala de aula.
Onde as crianças encontrarão variados materiais de leitura: livros, revistas, gibis, jornais, livros de receitas, atlas, dicionários, etc.
As crianças aprendem a manusear o material (escolher o material, ler e devolver no mesmo lugar), a ter cuidado o material (não amassar, rasgar ou rabiscar) ampliando sua autonomia.
Importante: não deixe lápis (ou material para escrever) neste espaço.
Um cantinho para as artes é fundamental!
Um dos espaços da sala  pode ser reservado para as Artes Plásticas:
desenho, pintura, modelagem e colagem.
Este é um espaço que precisa da organização pela professora (manter os materiais necessários) e das crianças (aprendem a manusear os materiais para suas produções).
A limpeza posterior deve ser compartilhada com as crianças.
Um dos cantinhos preferidos das crianças da Educação Infantil é o da dramatização: a "casinha" ou "casa de bonecas", no qual elas vivem os papéis familiares e constroem relações com os colegas da turma.
Para organizar esse espaço você pode dispor de móveis e utensílios em tamanho reduzido, bonecas diversas (de plástico, de tecido) e outros brinquedos.

cantinho de Ciências pode ser montado com experimentos de acordo com o projeto desenvolvido.
Livros de assuntos estudados também podem ficar neste canto.
Já montei aquário na sala várias vezes, as crianças adoram observar os peixinhos!
Também podemos montar terrários.

Caso haja espaço na sala, pode existir um espaço para brincadeiras no chão: carrinhos, construção, etc.
Um quadro-de-giz (ou quadro-branco) será um espaço para registros provisórios, pois serão apagados no final da aula. O que necessitar ficar exposto (ou guardado) deverá ser registrado em cartaz ou "blocão".
Eu uso para registrar a data do dia, escrever o planejamento diário, produzir textos com as crianças, escrever seus nomes (listas), ou seja, quando escrever seja uma forma de comunicar algo importante para a turma.
O que encontraremos nas paredes?
O que mereça ser registrado e ser lido pelas crianças.
  • Mural: é um quadro preso à parede. Nele podemos organizar os trabalhos das crianças, ou enfeitar de acordo com o projeto desenvolvido. O mural é um espaço que deve ser modificado periodicamente.
  • Cartaz: ele comunica algo que esteja sendo estudado, deverá ficar na altura dos olhos das crianças. Os cartazes podem compor um "blocão", organizando as folhas de forma que fiquem presas na parte superior.
  • Calendário: pode-se trabalhar com calendário semanal, mensal e anual. Ao utilizar o calendário com a criança, ela percebe a sequência dos dias, semanas, meses e a passagem de tempo ao longo de um ano.
  • Aniversariantes: pode ser um cartaz com todos os aniversariantes, ou mensal. Também pode estar organizado no mural.
  • Combinados: são as regras de convivência da turma. Gosto de imprimir e deixar em local que possa ser consultado pelas crianças e por mim quando há necessidade de "relembrar".
  • Alfabetário: são as letras do alfabeto organizadas, geralmente, na horizontal para facilitar a leitura. É um importante material de apoio.
  • Faixa numérica: são os numerais de 0 a 9; o número está associado à quantidade (elementos). Também é um material para consulta.
  • Dependendo do projeto, pode-se pendurar pela parede: mapas, cartazes do corpo humano, ou sobre temas específicos (animais, plantas, etc).
  • espelho serve para atividades especifícas ou mesmo para que se vejam. As crianças adoram um espelho!
  • O cartaz de boas vindas do início do ano pode ser renovado a cada período, como novos temas.
Muitas escolas contam com a televisão nas sala de aula.
O programa escolhido deverá fazer parte do planejamento.
Há boas propostas que podem ser aproveitadas pela Educação Infantil:
Cocoricó, Sítio do Pica-pau Amarelo, Turma da Mônica, Vila Sésamo, Barney, Baby Einstein, entre outras. Além de filmes e desenhos de animação que divertem as crianças.
Lembre-se: assistir um programa pela televisão não é apenas um "preenchimento de tempo", mas deverá ter um objetivo dentro de planejamento da professora.

Muitas escolas já contam com a informática na Educação Infantil.
Em geral, são utilizados softwares com jogos educativos ou navegação na internet com o mesmo fim.
As atividades desenvolvidas também devem ser planejadas pela professora.

Saindo da sala, as crianças deverão contar com espaço para brincadeiras ao ar livre.
Se chover, mude a organização das mesas,
crie mais espaço em sua sala e faça brincadeiras bem divertidas!

O professor pode tornar sua
"sala do tamanho do mundo"!

Desejo um bom ano de trabalho para você!
Um beijinho,
Ivanise

Cantinho de Leitura da minha sala em 2010.

Se quiser imagens de rotinas
para a Educação Infantil

Leia também sobre o

Organizado por Ivanise Meyer®

fonte: http://baudeideiasdaivanise.blogspot.com.br/2011/01/organizacao-da-sala-de-aula.html

Conselhos Escolares


Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares

Apresentação

Objetivos

Publicações

Experiências

Legislação

Formação


As famílias podem se envolver ativamente nas decisões tomadas pelas escolas dos seus filhos. Candidatar-se a uma vaga no conselho escolar é uma boa maneira de acompanhar e auxiliar o trabalho dos gestores escolares.

O Conselho Escolar é constituído por representantes de pais,estudantes,professores, demais funcionários, membros da comunidade local e o diretor da escola. Cada escola deve estabelecer regras transparentes e democráticas de eleição dos membros do conselho.

Cabe ao Conselho Escolar zelar pela manutenção da escola e participar da gestão administrativa, pedagógica e financeira, contribuindo com as ações dos dirigentes escolares a fim de assegurar a qualidade de ensino. Eles têm funções deliberativas, consultivas, fiscais e mobilizadoras, garantindo a gestão democrática nas escolas públicas.

Entre as atividades dos conselheiros estão, por exemplo, definir e fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à escola e discutir o projeto pedagógico com a direção e os professores.

Saiba mais
Publicações
Experiências


Contatos
Secretaria de Educação Básica
Esplanada dos Ministérios
Bloco L - 5º andar - sala 510 - Edifício-Sede
CEP 70047-901 - Brasília/DF
Telefones: (61) 2022 8355/8354
conselhoescolar@mec.gov.br
Palavras-chave: Programa nacional de fortalecimento dos conselhos escolares, educação básica, SEB

Mais Educação

O Programa Mais Educação, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.

A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O programa visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), utilizando os resultados da Prova Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-se o uso do “Índice de Efeito Escola – IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do município no qual a escola está localizada.

Por esse motivo a área de atuação do programa foi demarcada inicialmente para atender, em caráter prioritário, as escolas que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), situadas em capitais e regiões metropolitanas.

As atividades tiveram início em 2008, com a participação de 1.380 escolas, em 55 municípios, nos 27 estados para beneficiar 386 mil estudantes. Em 2009, houve a ampliação para 5 mil escolas, 126 municípios, de todos os estados e no Distrito Federal com o atendimento previsto a 1,5 milhão de estudantes, inscritos pelas redes de ensino, por meio de formulário eletrônico de captação de dados gerados pelo Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (SIMEC). Em 2010, a meta é atender a 10 mil escolas nas capitais, regiões metropolitanas - definidas pelo IBGE - e cidades com mais de 163 mil habitantes, para beneficiar três milhões de estudantes.

Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias também recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio escolar, dentre outros; e referência de valores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.

Educação integral/educação integrada em tempo integral: concepções e práticas na educação brasileira




Parceiros e escolas atendidas



Documentos de referência



Base Legal



Conheça aqui o Programa Segundo Tempo parceiro do Mais Educação



Webconferência Mais Educação



Passo a passo Mais Educação



Vídeo Direito de Aprender - Educação Integral e Comunitária

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Versão em inglês

Versão em português

Contato
Programa Mais Educação
Coordenação de Ações Educacionais Complementares (CGAEC)
Diretoria de Educação Integral, Direitos Humanos e Cidadania (DEIDHuC)
Esplanada dos Ministérios Bloco L - Anexo I Sala 416 CEP 70047-900
Brasília - DF
Tel.: (61) 2022-9181/2022-9211/2022-9212/2022-9174
Palavras-chave: Mais Educação, tempo, espaço, formação integral

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

fala sobre planejamento escolar


Celso dos Santos Vasconcellos


ESPECIALISTA CRITICA A BUROCRACIA E DIZ QUE O COORDENADOR PEDAGÓGICO DEVE SE ALIAR A OUTROS COLEGAS PARA NÃO SE SENTIR SOZINHO

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celso vasconcellos planejamento
Foto: Rodrigo Eribe 
Celso dos Santos Vasconcellos já foi professor, coordenador pedagógico e gestor escolar. Ao longo de sua extensa carreira de educador, participou de inúmeros processos de planejamento nas escolas e gosta de dizer que aprendeu muitas lições. "Às vezes, há uma tentação enorme de ficar gastando tempo com problemas menores, quase sempre da esfera administrativa ou burocrática. Justamente por isso é tão importante planejar o planejamento", afirma. Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo, mestre em História e Filosofia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e autor de diversos livros sobre esse assunto, o especialista fala na entrevista a seguir a respeito dos meandros do processo de elaboração das diretrizes do trabalho da escola.


Por onde se deve começar um bom planejamento?
CELSO VASCONCELLOS Depende muito da dinâmica dos grupos. Existem três dimensões básicas que precisam ser consideradas no planejamento: a realidade, a finalidade e o plano de ação. O plano de ação pode ser fruto da tensão entre a realidade e a finalidade ou o desejo da equipe. Não importa muito se você explicitou primeiro a realidade ou o desejo. Então, por exemplo, não há problema algum em começar um planejamento sonhando, desde que depois você tenha o momento da realidade, colocando os pés no chão. Em alguns casos, se você começa o ano fazendo uma avaliação do ano anterior, o grupo pode ficar desanimado - afinal, a realidade, infelizmente, de maneira geral, é muito complicada, cheia de contradições. Às vezes, começar resgatando os sonhos, as utopias, dependendo do grupo, pode ser mais proveitoso. O importante é que não se percam essas três dimensões e, portanto, em algum momento, a avaliação, que é o instrumento que aponta de fato qual é a realidade do trabalho, vai aparecer, começando o planejamento por ela ou não.

É possível realizar um processo de ensino e aprendizagem sem planejar?
VASCONCELLOS É impossível porque o planejamento é uma coisa inerente ao ser humano. Então, sempre temos algum plano, mesmo que não esteja sistematizado por escrito. Agora, quando falamos em processo de ensino e aprendizagem, estamos falando de algo muito sério, que precisa ser planejado, com qualidade e intencionalidade. Planejar é antecipar ações para atingir certos objetivos, que vêm de necessidades criadas por uma determinada realidade, e, sobretudo, agir de acordo com essas ideias antecipadas.

Em alguns contextos, o planejamento ainda é encarado como um instrumento de controle?
VASCONCELLOS Sim, em algumas escolas e redes, ele ainda é um instrumento burocrático e autoritário. Em um sistema autoritário, o planejamento é uma arma que se volta contra o professor porque o que ele disser - ou alguém disser por ele - que vai ser feito tem que ser cumprido. Caso contrário, ele foi incompetente. E, nem sempre, conseguimos fazer o que planejamos. Por diversas razões, inclusive por falha nossa, mas não unicamente por isso. No entanto, o movimento da sociedade e o processo de redemocratização têm favorecido o conceito de planejamento como real instrumento de trabalho e não como uma ferramenta de controle dos professores.

Qual a relação entre o planejamento e o projeto político pedagógico?
VASCONCELLOS Nesse processo de planejar as ações de ensino e aprendizagem, existem diversos produtos, como o projeto político pedagógico, o projeto curricular, o projeto de ensino e aprendizagem ou o projeto didático, que podem ou não estar materializados em forma de documentos. O ideal é que estejam. Quando falamos do planejamento anual das escolas, temos como referência o projeto político pedagógico.

É possível fazer um planejamento sem conhecer o projeto político pedagógico da escola?
VASCONCELLOS Um projeto, a escola sempre tem, mesmo que ele não esteja materializado em um documento. Agora, o ideal é que esse projeto seja público e explicitado. Na hora do planejamento anual, ele deve ser usado como algo vivo, como um termômetro para toda a comunidade escolar saber se o trabalho que está sendo planejado está se aproximando daqueles ideais políticos e pedagógicos ou não.

Como evitar que o tempo dedicado ao planejamento anual não seja desperdiçado?
VASCONCELLOS Nas escolas, o coordenador pedagógico é o responsável por esse processo. É preciso prever momentos específicos para cada tipo de assunto e ser firme na coordenação. Às vezes, há uma tentação muito grande em ficar gastando tempo do planejamento com problemas menores, administrativos ou burocráticos. Então, é muito importante planejar o planejamento, reservando momentos específicos para cada assunto, e ser rigoroso no cumprimento dessa organização. Ele precisa ser um coordenador pedagógico forte, mas onde buscar apoio para se fortalecer? Em alguns casos, há o apoio da direção, mas é muito importante que ele faça parte de um grupo com outros profissionais no mesmo cargo para trocar experiências e sentir que não está sozinho nesse trabalho.

Com que frequência as ações do planejamento anual devem ser revistas pela equipe?
VASCONCELLOS Eu insisto muito na reunião pedagógica semanal. Na minha opinião, esse encontro não deve ser por área, e sim com todos os professores daquele ciclo, daquele período. Se todos os professores, por exemplo, do ciclo II do Ensino Fundamental do período da manhã estão presentes no mesmo momento, em um dia fixo da semana, no período da tarde, durante cerca de duas horas, o coordenador pedagógico pode montar reuniões por área, ou por nível ou gerais, conforme as necessidades. Esse momento de encontro é imprescindível para planejar um trabalho de qualidade com coerência entre os professores. Além de ser um momento de socialização. Existem professores que descobrem coisas excelentes que vão morrer com ele porque não foram sistematizadas nem ele compartilhou aquelas descobertas. E, na hora do planejamento, há a possibilidade de reservar um momento para isso.

Existe algum momento que deve ser planejado com mais cuidado?
VASCONCELLOS Sim, as primeiras aulas. Principalmente das séries iniciais. Existem estudos que mostram que a boa relação professor/aluno pode ser decidida nessas aulas. Há pesquisas que vão além e apontam os primeiros instantes da primeira aula como determinantes do sucesso da atividade docente. Então, se o professor tem de preparar bem todas as aulas, as primeiras precisam de mais cuidado. E não é só determinar os conteúdos a ser abordados, os objetivos a atingir e a metodologia mais adequada. É, sobretudo, se preparar, tornar-se disponível para aqueles alunos, acreditando na possibilidade do ensino e da aprendizagem, estando inteiramente presente naquela sala de aula, naquele momento.

Direitos de Aprendizagem do Ciclo de Alfabetização



12/12/2012 | 14:39
O Ministério da Educação iniciou a segunda frente de trabalho da missão de alfabetizar as crianças brasileiras na idade certa. Depois do lançamento do Plano Nacional de Alfabetização na Idade Certa – PNAIC, em novembro, o MEC apresentou ao Conselho Nacional de Educação o documento “Elementos Conceituais para Definição dos Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento do Ciclo de Alfabetização a Coordenação Geral de Ensino Fundamental (1º, 2º e 3º anos).
A entrega do documento do CNE cumpre O artigo 49 da Resolução 7/ 2010, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino fundamental de 9 anos. Este artigo determina ser de competência do MEC a elaboração de subsídios, para a normatização do CNE, que orientem as expectativas de aprendizagem dos conhecimentos escolares para a construção curricular das redes e sistemas de ensino público da Federação.
A elaboração do documento teve a participação de universidades e de secretarias de educação. De acordo com a Coordenação Geral de Ensino Fundamental, do MEC, cerca de 2900 profissionais ligados à educação participaram das reuniões para construção do documento.  Agora, a Câmara de Educação Básica do CNE irá analise o documento, com a convocação de Audiências Públicas.
Clique aqui para ter acesso a apresentação do documento que se encontra no Conselho Nacional de Educação (CNE).
Autor: Undime

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Cronograma de início das Atividades/2013


Cronograma de Início de Ano letivo-  Secretaria de Educação  Cultura e Esporte de Trombudo Central- 2013

31/01
Escolha de Professores Contratados em Caráter temporário na Secretaria Municipal de Educação a partir das 14h
04/02
Reunião Administrativa para Professores e Gestores
Início 8h até as 12h
 No Clube  dos Idosos
04/02
Período Vespertino, profissionais  com 40h , deverão comparecer em suas Unidades de Educação
05/02
Período Matutino ( Professores  com 40h) devem trabalhar nas unidades.
Período Vespertino- Palestra em Rio do Sul:
Tema: CURRÍCULO - EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL –
 Prof César Nunes - UNICAMP SP
Saída do ônibus - centro as 13h e 30 min
Local: Parque Universitário Norberto Frahm - PUNF -  (Encontro dos Rios) Rio do Sul 
06/02
Educação Infantil  e Ensino Fundamental em suas Unidades.
07/02
08/02
Educação Infantil  nas  Unidades em atividades com suas coordenadoras.  
Ensino Fundamental – Formação do SEFE
Início as 8h na CEB Arthur Bruno  Jandt
11/02
Início das atividades com crianças da Educação Infantil integral.
 Ensino Fundamental e Educação Infantil parcial nas Unidades, organizando as atividades.
12/02
Feriado para Educação Infantil   parcial e para o Ensino Fundamental.
13/02
Início de todas as atividades letivas  com alunos/crianças  em Trombudo Central.
                   Trombudo Central, 28 de janeiro de 2013
Tânia Bini Azevedo Waltrick
Secretária de Educação Cultura e Esporte 

Aquisição de livros de história infantil para os CEIs do Município de Trombudo Central. Os professores do CEI Gente Miúda e seus pequenos, p...