segunda-feira, 13 de abril de 2015

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

  PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

2007 

 TROMBUDO CENTRAL - SC


Justificativa



O Plano Nacional de Educação – PNE, aprovado pela Lei 10.172, de 09 de janeiro de 2001, tem como objetivos: a elevação global do nível de escolaridade da população, a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis, a redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na educação pública, e a democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais.
Ele apresenta um diagnóstico e estabelece diretrizes, objetivos e metas para todos os níveis e modalidades de ensino, para a formação e a valorização do magistério, para o financiamento e a gestão da educação.
Coerente com o Plano Nacional, a construção de um Plano Municipal de Educação significa um grande avanço, por se tratar de um plano de estado e não somente de um plano de governo. A sua aprovação pelo Poder Legislativo, transformando-o em lei municipal sancionada pelo chefe do executivo, confere poder de ultrapassar diferentes gestões.
 Neste prisma, traz a superação de uma prática tão comum na educação brasileira, a prática da descontinuidade que implica em cada governo, recomeçar a história da educação desconsiderando as boas políticas educacionais por não ser de sua iniciativa. Com um plano com força de lei, respeitado por todos os dirigentes municipais, resgata-se o sentido da continuidade das políticas públicas.
Sua elaboração constituiu-se de momentos de planejamento conjunto do governo com a sociedade civil, com base científica e com a utilização de recursos previsíveis, tem como intuito responder as necessidades sociais. O grande desafio foi elaborar um plano que garanta consonância com o Plano Nacional de educação e, ao mesmo tempo, garanta sua identidade e autonomia.



Histórico do Município

Trombudo Central, atualmente, conta com uma população de 5.767 habitantes.  
Cercado por um exuberante cenário em meio ao verde, do Alto Vale do Itajaí, em 1904, Trombudo Central, inicia sua colonização com os imigrantes Ernesto Prada e Emílio Graubner e suas respectivas famílias. 
Ernesto Prada, natural da Áustria, nasceu em 24 de maio de 1870. Faleceu em 13 de outubro de 1954. Sua esposa, Catarina Prada (Finardi *), nasceu na Itália no dia 12 de setembro de 1870. Faleceram em 6 de fevereiro de 1943,  na localidade de Rio Novo. 
Com eles veio Emílio Graubner, futuro genro de Ernesto Prada, nascido no dia 9 de setembro de 1886. Faleceu em 26 de junho de 1977.
As terras onde se localiza o município de Trombudo Central pertenceram inicialmente ao município de Porto Belo / Itajaí, posteriormente ao município de Blumenau, depois passou a pertencer ao município de Rio do Sul, do qual se emancipou politicamente e administrativamente no ano de 1958. 
Criado a partir do projeto de resolução registrado pelo no 01/57 apresentado pelo vereador Werner Müller (Câmara de Vereadores de Rio do Sul) que após convertido em resolução tomou o no 29 e instalado por decreto estadual em 22 de julho de 1958.
Trombudo Central, atualmente, conta com uma população de 5.767 habitantes.  
Teve como intendentes distritais os senhores Mário Dalponte, Arthur Siewerdt, Paulo Skowasch, entre outros.
O nome “Trombudo Central”, teve sua origem em três versões:
A quantidade de Antas (da espécie Tapirus Americanos ) existentes na região, animais que tem uma pequena tromba.
A 2a fala da existência, no centro da cidade de uma tromba, formada pela junção de dois rios, o Rio Braço do Trombudo e o Rio Trombudo Alto.
A 3ª fala das constantes trombas d’águas que caíam sobre a região em períodos cíclicos. 
Trombudo Central deu origem aos municípios de Agrolândia criado em 12.06.62, instalado em 25.07.62, e 
 Braço do Trombudo criado em 26.09.91, instalado em 01.01.92



Histórico da Educação em Trombudo Central

A supervisão, inspeção e administração do ensino no Alto Vale do Itajaí, era feita inicialmente pela Delegacia Regional de Ensino de Blumenau. Entre seus inspetores mais famosos, conta o nome do Dr. Adriano Mosimann, em cuja homenagem existe uma Escola Básica em Serril, Braço do Trombudo, com o seu nome. 
Posteriormente foi criada a Coordenação Regional de Educação de Rio do Sul que funcionava onde hoje é a casa das irmãs catequista franciscanas; Atuaram professores como Dona Floriente, Sr. Aujor Wiethorn, Sr. Fulgêncio, entre outros.
Com a criação das Supervisões Locais de Educação (SLE,s), Trombudo Central passou a ter a sua SLE, sendo que a primeira Supervisora foi a Professora Luíza da Rocha, sucedida pelo professor Francisco Fronza, professora Suely Feldmann e Marlene Pinheiro Porto.
Em 1983, foi criada a Coordenação Municipal de Ensino em Trombudo Central, coordenado pelo Sr. Celso Marcelino, que supervisionava escolas municipais de Atalanta, Agrolândia, Pouso Redondo e Trombudo Central até 1984. A partir de 1985, Celso Marcelino passou a coordenar somente as escolas municipais de Trombudo Central, função que ocupou até 1990.
De 1981 a 1990 a Sra. Denise Muller foi a Coordenadora Municipal da Educação Infantil, tendo sob sua responsabilidade, 09 jardins de infância (Trombudo Central e Braço do Trombudo (na época distrito) e pelos convênios com LBA e FUCABEM.
Em 1989, iniciou atendimento a alunos em Educação complementar, pelas Professoras Zenilda Pereira e Vivien Erica F. Kruger, que auxiliavam nas tarefas escolares, trabalhos manuais, jogos e brincadeiras (provisoriamente nas dependências do bolão S.E.R. Tamoio), e o Marceneiro da Prefeitura, Sr. Adilson da Silva, atendia a alunos ensinando–os a confeccionar brinquedos, carrinhos e jogos didáticos em madeira que eram doados aos jardins e escolas do município (no Jardim de Infância Cinderela), passando o projeto para sede própria no Centro de Educação Complementar Arthur Kroenke, no bairro Liberdade em 1993. O projeto de marcenaria com crianças funcionou até 1996. Em 2004, encerrou o projeto de Educação Complementar a escolares, devido à nova organização na rede municipal de ensino. De 1999 a 2000 funcionou outro Centro de Educação Complementar na localidade de Bracatinga I, com as professoras Rosi Maria Deitos, Juliana Schenkel e Mauro Tribess, através de tarefas escolares, reforço escolar, trabalhos manuais, jogos e brincadeiras.
O governo de Wilson Kleinübing extinguiu as SLE´s, implantando a descentralização da educação, passando a responsabilidade da administração e supervisão das escolas isoladas estaduais ao município, passando a ser denominadas escolas municipalizadas. As professoras estaduais, Roseli Maria Lenzi, Albertina Schmit e Fátima Lenaide Fronza que eram lotados nas escolas municipalizadas, continuaram trabalhando nas unidades até 1997, e a partir de 1998 foram requisitadas para trabalhar novamente no Estado, sendo a unidade de ensino da APAE de Trombudo Central; E a professora estadual Denise Waltrick Ferreira continuou a trabalhar a disposição no C.E.B. Erica Hasse até 1999, retomando o seu trabalho no Estado em 2000 no E.E.B. Hermann Dr. Blumenau em Trombudo Central.
A primeira Secretária Municipal da Educação foi a professora Mara Regina Zluhan, depois professora Denise Waltrick Ferreira, Suely Feldmann, Raquel Ferreira Feldmann, Suely Feldmann, Mariany Uhlendorf e Tânia B. Azevedo Waltrick, atual secretária Municipal da Educação.

Na Administração do Prefeito Mário Martinho Wloch e o Vice-prefeito Gideon Blaese, a Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Esporte em 1997, gerenciava 24 unidades escolares sendo: 
               08 Escolas municipais
               04 Escolas Municipalizadas (Estaduais) 
               10 Jardins de Infância
               01 Centro de Educação Complementar
               01 Creche Municipal
Com o objetivo de melhorar a qualidade de ensino nas unidades escolares, coordenada pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de Trombudo Central, iniciou-se estudo sobre projeto de “NUCLEAÇÃO DE ESCOLAS RURAIS”.
Em março de 1997, iniciou o trabalho de conscientização nas comunidades, cujas escolas multisseriadas, seriam passíveis de serem nucleadas.
Já em abril do mesmo ano, aconteceu a primeira experiência, nucleando a Escola I. M. Ribeirão Kindel  na E.I.M.Eginolf Bell (núcleo).
Esta Unidade Escolar foi nucleada por ter um número reduzido de alunos (07) de 1ª a 4ª série, sendo que a professora titular aposentou-se, além de ser de difícil acesso, devido a falta de transporte para aquele local.
A Prefeitura ofereceu a comunidade: transporte escolar e melhor qualidade de ensino aos alunos.
Ainda no ano de 1997 e nos anos subsequentes, foi dada continuidade ao trabalho de conscientização em mais 08 comunidades, com o objetivo de formarmos três núcleos.
Também houve nucleação na Educação Infantil a partir de 1997,  o  1º Jardim de Infância Beija Flor ( 06 crianças) localizado em Vila Teodoro foi nucleado no Jardim de Infância Branca de Neve (Vila Teodoro), em 2000 o Jardim de Infância Pequeno Príncipe ( Palhocinha), foi nucleado no Jardim de Infância Cinderela (Bairro Libedade). E em 2005 o C.E.I. Criança Feliz (Bracatinga II) foi nucleado no C.E.I. Menino Jesus.
Atualmente a Secretaria Municipal de Educação, atende 500 alunos nos 03 núcleos de Ensino Fundamental:

02 Centros de Educação Básica de 1ª a 4ª série:

Escola Municipal Eginolf Bell (Loteamento Lorenal), atendendo 81 alunos das comunidades de:
Vila Teodoro
Ribeirão Kindel
Km 10
Km 05
Loteamento Lorenal
As escolas nucleadas: E.I. Ribeirão Kindel, E.I.Vila Teodoro, E.I.E. Braço do Trombudo Km 10, E.I.E. Ribeirão do Boi, E.I. Braço do Trombudo Km 05.    
Escola Arthur Bruno Jandt (Rua São Paulo), atendendo 84 alunos das comunidades de:
Sabugueiro
Ribeirão Café
Palhocinha
Bairro Jalisco
Vila Nova
Centro
As escolas nucleadas: E.I. Palhocinha e E.I. Sabugueiro;
01 Centro de Educação Básica de Pré, 1ª a 8ª série.
Escola Básica Municipal “Erica Hasse” (Bracatinga I), de Pré, 1ª a 4ª série atendendo a 141 alunos das comunidades de:
Bracatinga II
BR 470
Bracatinga I
Fruteira
Pouso da Caixa
e de 5ª a 8ª série atendendo 149 aluno  das comunidades de: 
Bracatinga II
BR 470
Bracatinga I
Fruteira
Pouso da Caixa
Vila Teodoro
Km 05
Km 10
Ribeirão Kindel
Travessa Schweder
As escolas nucleadas: E.I.E. Bracatinga I , E.I.E. Bracatinga II, E.I. Dr. Albino Zeni
A Secretaria Municipal de Educação possui 07 unidades escolares de Educação Infantil:
05 Centros de Educação Infantil  atendimento de 04 horas =  atendendo   135 crianças 
01 Centro de Educação Infantil (Pré-escolar 4 a 5 anos)  integral  = atendendo 58 crianças
01 Centro de Educação Infantil (Creche -  0 a 3 anos) integral = atendendo 65 crianças 
EJA/convênio Estado e Município   atendendo 206 alunos




A Secretaria atende estas unidades escolares com materiais didático-pedagógicos, distribuição de merenda escolar, manutenção dos centros de educação infantil e fundamental, formação continuada, pagamento de pessoal e recursos do Governo Estadual e Federal. 
As reuniões pedagógicas, cursos e dias de estudos estão definidos no calendário escolar elaborado anualmente pela Secretaria Municipal da Educação.

Obs: Número de matriculas da rede municipal de ensino de Trombudo Central, conforme movimento mensal de fevereiro/2007.

Contamos ainda com programas como o do Livro Didático, Biblioteca na Escola, Merenda Escolar (programa este com o suporte técnico de uma nutricionista), Transporte Escolar e distribuição de material didático as famílias carentes. Os professores dispõem de suporte pedagógico, inclusive, com a presença de uma professora para fazer aulas de reforço com os alunos que apresentam algumas dificuldades.


Resumo dos Dados:


Nº de escolas do município: 03
Nº de escolas estaduais: 01
Nº de Centro de Educação Infantil: 07
Nº de alunos de 1ª a 4ª município: 295
Nº de alunos de 1ª a 4ª estado: 136
Nº de alunos de 5ª a 8ª série município: 149
Nº de alunos de 5ª a 8ª série estado: 264
Nº de alunos Ensino Médio estado:  259
Nº de crianças creche (00 a 03 anos):  65
Nº de crianças pré – escola ( 04 a 06 anos):  212
Nº de professores rede municipal: 66
Nº de professores estado: 40 + professores ACTs 




EDUCAÇÃO INFANTIL

Diagnóstico

A educação das crianças de zero a seis anos em estabelecimentos específicos de educação infantil vem crescendo no mundo inteiro e de forma bastante acelerada, seja em decorrência da necessidade da família da contar com uma instituição que se encarregue do cuidado e da educação de seus filhos pequenos, principalmente quando os pais trabalham fora de casa, seja pelos argumentos advindos das ciências que investigaram o processo de desenvolvimento da criança.  Como nos diz Miguel Arroyo “Cada criança tem em si mesma, a identidade própria, que exige uma educação própria, uma realização própria enquanto idade e não enquanto preparo para outra idade.”
As formas de ver as crianças vêm, aos poucos, se modificando, e atualmente emerge uma nova concepção de criança como criadora, capaz de estabelecer múltiplas relações, sujeito de direitos, um ser sócio-histórico, produtor de cultura e nela inserido. Essa visão contribuiu para que fosse definida, também, uma nova função para as ações desenvolvidas com as crianças, envolvendo dois aspectos indissociáveis: educar e cuidar. 
Tendo esta função, o trabalho pedagógico visa atender as necessidades determinadas pela especificidade da faixa etária, superando a visão adultocêntrica em que a criança é concebida apenas como um vir a ser e, portanto, necessita ser “preparada para”. 
Se a inteligência se forma a partir do nascimento e se há “janelas de oportunidade” na infância quando um determinado estímulo ou experiência exerce maior influência sobre a inteligência do que em qualquer outra época da vida, descuidar desse período significa desperdiçar um imenso potencial humano. Ao contrário, atendê-la com profissionais especializados capazes de fazer a mediação entre o que a criança já conhece e o que pode conhecer significa investir no desenvolvimento humano de forma inusitada. 
Hoje se sabe que há períodos cruciais no desenvolvimento, durante os quais o ambiente pode influenciar a maneira como o cérebro é ativado para exercer funções em áreas como a matemática, a linguagem, a música. Se essas oportunidades forem perdidas, será muito mais difícil obter os mesmo resultados mais tarde. À medida que essa ciência da criança se democratiza, a educação infantil ganha prestígio e interessados em investir nela.
Em razão da sua importância no processo de constituição do sujeito a Educação Infantil em creches (crianças de 0 a 3 anos) e em pré-escola (crianças de *4 a 5 anos) tem adquirido, atualmente, reconhecida importância como etapa inicial da Educação Básica e integrante dos sistemas de ensino. No entanto, a integração das instituições de educação infantil ao sistema educacional não foi acompanhada, em nível nacional, da correspondente dotação orçamentária.
O inciso IV do art.208 da Constituição Federal de 1988 e os art. 21, 29 e 30 da Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, consagram uma conquista ao garantir na primeira infância o direito à educação e ao 

atendimento nas instituições de Educação Infantil, alternando o seu caráter de assistencial para educacional, enquanto dever do estado.
No capítulo sobre a Educação Básica, essa lei define a finalidade da Educação Infantil como “o desenvolvimento integral da criança até *5 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. Esse tratamento dos vários aspectos como dimensões do desenvolvimento e não como coisas distintas ou áreas separadas é fundamental, pois, evidencia a necessidade de se considerar a criança como um todo, para promover seu desenvolvimento integral e sua inserção na esfera pública.
O §2 do art. 211 da Constituição Federal determina que os municípios atuarão prioritariamente no Ensino Fundamental e na Educação Infantil. Os art. 53 e 54 da Lei 8.096/00 – Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, reiteram os direitos reafirmando as responsabilidades do poder público.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96), seguindo o entendimento mundial, vincula a Educação Infantil ao sistema educacional e define instâncias de responsabilidades. Esta vinculação e definição proporcionam condições para um melhor atendimento dessa etapa do desenvolvimento das crianças e uma melhor organização do sistema. 
Ao poder público municipal a LDB atribui a responsabilidade pelo atendimento da Educação Infantil. Embora se faça um grande esforço neste sentido, os municípios têm encontrado inúmeras dificuldades para atender a grande demanda de crianças fora do sistema. O principal argumento apresentado é a falta de recursos específicos para a educação infantil, sem os quais não é possível a ampliação de vagas e a formação de profissionais entre outros. Faz-se necessário oportunizar, de forma definitiva, um percentual mínimo de recursos para a manutenção e expansão da Educação Infantil. 
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2003, apenas 37,7% do total de crianças com idade entre *0 a 6 anos freqüentam uma instituição de Educação Infantil ou de Ensino Fundamental. Quando considerada a população de 4 a 6 anos, a taxa de freqüência  a instituição é de 68,4%; e, quanto a população de 0 a 3 anos, esse percentual é de apenas 11,7%. 72% deste atendimento encontra-se na rede pública, concentrando-se de maneira relevante no sistema municipal (66,97%), em função da maior pressão da demanda sobre a esfera que está mais próxima das famílias e em decorrência da responsabilidade constitucional dos municípios com relação a esse nível educacional.
Um diagnóstico das necessidades da educação infantil precisa assinalar as condições de vida e desenvolvimento das crianças brasileiras. A pobreza, que afeta a maioria delas, que retira de suas famílias as possibilidades mais primárias de alimentá-las e assisti-las, tem que ser enfrentada com políticas abrangentes que envolvam a saúde, a nutrição, a educação, a moradia, o trabalho, a renda e os espaços sociais de convivência, cultura e lazer. Pois todos estes são elementos constituídos do desenvolvimento da criança. Daí por que a intervenção na infância através de programas de desenvolvimento infantil, que englobem ações integradas de educação, saúde, nutrição e apoio familiar são vistos como um importante instrumento de desenvolvimento econômico e social.


Diretrizes  

A educação infantil é a primeira etapa da Educação Básica. Ela estabelece as bases da personalidade humana, da inteligência, da vida emocional, da socialização. As primeiras experiências da vida são as que marcam mais profundamente a pessoa. Quando positivas, tendem a reforçar, ao longo da vida, as atitudes de autoconfiança, de cooperação, solidariedade, responsabilidade. As ciências que se debruçam sobre a criança nos últimos cinqüenta anos, investigando como se processa o seu desenvolvimento, coincidem em afirmar a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento e aprendizagem posteriores e têm oferecido grande suporte para a educação formular seus propósitos e atuação a partir do nascimento.
A própria pedagogia vem acumulando considerável experiência e reflexão sobre sua prática nesse campo e definindo os procedimentos mais adequados para oferecer às crianças interessantes, desafiantes e enriquecedoras oportunidades de
desenvolvimento e aprendizagem. A educação infantil inaugura a educação da pessoa, e deve pautar-se pela indissociabilidade entre o cuidar e o educar.
As instituições de educação infantil vêm se tornando cada vez mais necessárias, como complementares à ação da família, o que já foi afirmado pelo mais importante documento internacional de educação deste século, a Declaração Mundial de Educação para Todos (Jomtien, Tailândia, 1990).
As diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil, definidas pelo Conselho Nacional de Educação, consoante determina o art. 9°, inciso IV da LDB, complementadas pelas normas dos sistemas de ensino dos Estados e Municípios, estabelecem os marcos para a elaboração das propostas pedagógicas para as crianças de 0 a 6 anos. 
No horizonte dos dez anos do Plano Nacional de Educação, a demanda de educação infantil deverá ser atendida com qualidade, beneficiando a toda criança que necessite e cuja família queira ter seus filhos freqüentando uma instituição educacional.
As metas estão relacionadas à demanda manifesta, e não à demanda potencial, definida pelo número de crianças na faixa etária, pois a educação infantil não é obrigatória, mas um direito da criança.
Na distribuição de competências referentes à educação infantil, tanto a Constituição Federal quanto a LDB são explícitas na co-responsabilidade das três esferas de governo – Municípios, Estados e União – e da família.
 Os fatores históricos que determinam a demanda continuam vigentes em nossa sociedade, tornando-se cada vez mais óbvios, acrescentando-se a eles a própria oferta como motivadora da procura. Afinal a existência da possibilidade de acesso e o conhecimento dos benefícios da freqüência a um centro de educação infantil de qualidade induzem um número cada vez maior de famílias a demandar uma vaga para seus filhos. Importante, nesse processo, é o cuidado na qualidade do atendimento, pois só esta justifica e produz resultados positivos.
A formação dos profissionais da educação infantil merecerá uma atenção especial, dada a relevância de sua atuação como mediadores no processo de desenvolvimento e aprendizagem. A qualificação específica para atuar na faixa de zero a seis anos inclui o conhecimento das bases científicas do desenvolvimento da criança, da produção de aprendizagens e a habilidade de reflexão sobre a prática, de sorte que esta se torne, cada vez mais, fonte de novos conhecimentos e habilidades na educação das crianças. Além da formação acadêmica prévia, requer-se a formação permanente, inserida no trabalho pedagógico, nutrindo-se dele e renovando-o constantemente.
A educação infantil é um direito de toda criança e uma obrigação do Estado (art. 208, IV da Constituição Federal). A criança não está obrigada a freqüentar uma instituição de educação infantil, mas sempre que sua família deseje ou necessite, o Poder Público tem o dever de atendê-la.
A norma constitucional de integração das crianças especiais no sistema regular será, na educação infantil, implementada através de programas específicos de orientação aos pais, qualificação dos professores, adaptação dos estabelecimentos quanto às condições físicas, mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos. Quando a avaliação recomendar atendimento especializado em estabelecimentos específicos, diretrizes para essa modalidade constarão do capítulo sobre educação especial.


Objetivos e Metas:

1 – Aumentar gradativamente o nº de crianças nas entidades, porém  respeitando a  resolução da  educação Infantil,  para atender as necessidades das famílias que trabalham fora e/ou que queiram matricular seus filhos. 
2 – Realizar, no prazo de dois anos, os padrões mínimos de infra-estrutura para o funcionamento adequado dos Centros de Educação Infantil, públicos e privadas, que assegurem o atendimento das características das distintas faixas etárias e das necessidades do processo educativo quanto a:

a) Espaço interno, com iluminação, insolação, ventilação, visão para o espaço externo, rede elétrico e segurança, água potável, esgotamento sanitário.
b) Instalações sanitárias e para a higiene pessoal das crianças.
c)       Instalação para preparo e ou serviços de alimentação.
d) Ambiente interno e externo para o desenvolvimento das atividades, conforme as Diretrizes Curriculares e a metodologia da Educação Infantil, incluindo repouso, a expressão livre, o movimento e o brinquedo.
e)     Mobiliários, equipamentos e materiais pedagógicos.
f) Adequação às características das crianças especiais, assessoramento de um profissional habilitado que atende as crianças com necessidades especiais nas unidades regulares, de acordo com o grau de necessidade (junto família/comunidade).
g) Somente autorizar construção e funcionamento de instituições de educação infantil, públicas ou privadas, que atendam aos requisitos de infra – estrutura definidos nos itens anteriores.
3 – Adaptar os prédios de Educação Infantil tendo em vista que em 10 anos todos estejam conforme aos padrões de infra-estrutura estabelecidos (Conselho Municipal de Educação, Vigilância Sanitária), buscando constantemente atingir o ideal.

4 – Criar uma equipe interdisciplinar composta de nutricionista, pedagoga, assistente social, pediatra, psicóloga, fonoaudióloga, entre outras na Secretaria de Educação, para assessoramento nos centros de Educação Infantil.

5 – Utilizar as diferentes linguagens (verbal, gráfico, plástico, corporal, musical, matemática), ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecer de cada vez mais sua capacidade expressiva.

6 – Manter o programa de formação e ou capacitação em serviços em cada município ou por grupos de municípios preferencialmente em parceria com instituição de ensino superior, com a coordenação técnica e financeira da União, dos estados e principalmente dos municípios, para a atualização permanente e o aprofundamento dos conhecimentos dos profissionais que atuam na educação infantil, bem como para a formação do pessoal auxiliar.

7 – Assegurar que as políticas para Educação Infantil tenham base nas Diretrizes Nacionais, Referenciais Curriculares Nacionais, Proposta Curricular, sejam revistas quando se fizerem necessário e tenham envolvimento de todos os profissionais  e envolvidos no processo educativo.

8 – Estabelecer, a partir da aprovação do plano, sempre que possível em articulação com as instituições de ensino superior que tenham experiência na área, um sistema de acompanhamento, controle e supervisão de educação infantil, nos estabelecimentos públicos e privados, visando ao apoio técnico-pedagógico para a melhoria da qualidade e a garantia do cumprimento dos padrões mínimos estabelecidos pelas diretrizes nacionais, estaduais e municipais. 

9 – Instituir mecanismo de colaboração entre os setores da educação e saúde através da prestação de serviços de pediatra e ou técnico de enfermagem para de atendimento das crianças de 0 a 5 anos de idade. Assegurando que em 05 anos tenhamos acompanhamento pediátrico nas unidades de educação infantil. 

10 – Garantir a alimentação escolar para as crianças atendidas na educação infantil, nos estabelecimentos públicos e conveniados, através da colaboração financeira da União, dos Estados e Municípios. 

11 – Assegurar, no município, o fornecimento de materiais pedagógicos adequados às faixas etárias e às necessidades do trabalho educacional.

12 – Incluir no PPP, conselhos escolares em outras formas de participação da comunidade escolar e local na melhoria do funcionamento das instituições de educação infantil e no enriquecimento das oportunidades educacionais e dos recursos pedagógicos.

13 – Realizar estudos sobre custos da Educação Infantil com base nos parâmetros de qualidade com vistas a melhorar a eficiência e garantir a generalização da qualidade do atendimento.   
      


ENSINO FUNDAMENTAL 

Diagnóstico


De acordo com a Constituição Brasileira, o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito, em seu art. 208 preconiza a garantia de sua oferta, inclusive para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. É básico na formação do cidadão, pois de acordo com a Lei de Diretriz e Bases da Educação Nacional, em seu art. 32, que ...o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo constituem meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de se relacionar no meio social e político. É prioridade oferecê-lo a toda população brasileira.
Ainda no art. 208, § 1°, da Constituição Federal temos a afirmação: “O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”, e seu não-oferecimento pelo Poder Público ou sua oferta irregular implica responsabilidade da autoridade competente.
Podemos reconhecer o quanto o Brasil avançou em direção a democratização do acesso e permanência dos alunos no Ensino Fundamental, pois, hoje, 97% das crianças estão na escola. Entretanto, avalia-se que o modelo educacional vigente não provocou mudanças efetivas de comportamento para construir uma cidadania solidária, responsável e comprometida com o país e seu futuro.
Em Santa Catarina a situação e os problemas do Ensino Fundamental divergem nas regiões do Estado, revelando que a permanência escolar melhorou nesta faixa etária, bem como o nível de desempenho dos municípios.
As matrículas do ensino fundamental do município de Trombudo Central revelam um significativo aumento na demanda, sendo que em 1997 possuíamos  315 alunos regularmente matriculados, atualmente contamos com uma matrícula de 444 alunos.
Muitos programas tem procurado superar problemas claramente perceptíveis no sistema educacional, entretanto, esforços e investimentos são necessários para enfrentar outros que persistem, como:
A existência de deficiência de acervo bibliográfico, bem como de um currículo por muitas vezes desvinculado da prática social.
Ausência da família no processo educativo.
Falta de adequação de profissionais, e de espaço físico para receber alunos portadores de necessidades especiais.
Rotatividade de professores, provenientes de contratos por tempo determinado.
Primando pelo cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e tomando como referência as experiências bem sucedidas de renovação pedagógica no país, aponta-se a necessidade de considerar, entre outros, os seguintes princípios:
a) A escola como pólo irradiador de cultura e conhecimento: a renovação pedagógica vivenciada tem transformado o entorno da escola também em escola, ou seja, está gestando a reconstrução daquela antiga comunidade. Está sendo considerada uma concepção de educação mais abrangente, posta como primeiro fundamento da Lei de Diretrizes e Bases (9394/96), em seu art.1º: “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.”
b) O desenvolvimento do aluno é a principal referência na organização do tempo e do espaço da escola: uma educação voltada para tais perspectivas precisa ser pensada também com o foco voltado para essas características:
o ser humano é ser de múltiplas dimensões;
todos aprendem em tempos e ritmos diferentes;
o desenvolvimento humano é um processo contínuo;
o conhecimento deve ser construído e reconstruído, processualmente e continuamente;
o conhecimento deve ser abordado em uma perspectiva de totalidade;
é importante uma gestão participativa, compartilhada;
a diversidade metodológica e a avaliação diagnóstica, processual e formativa devem estar comprometidas com uma aprendizagem inclusiva, em que o aluno, dentro da escola, aprenda de fato;
A exclusão da escola de crianças na idade própria, seja por incúria do Poder Público, seja por omissão da família e da sociedade, ou falta de assistência social à família e até mesmo e até mesmo a reprovação são formas de exclusão social, pois negam o direito elementar de cidadania, reproduzindo o circulo da pobreza e da marginalidade e uma perspectiva de um futuro melhor.

As diretrizes desse plano têm como base as definições norteadoras para o Ensino Fundamental contida na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nas Diretrizes Curriculares nacionais e na Lei nº 0272/97, de 16/12/97, que cria o Sistema Municipal de Educação.

Nos cinco primeiros anos de vigência deste plano municipal, o atendimento no Ensino Fundamental deverá atingir a plena universalização, sob responsabilidade do Poder Público. O direito a este nível de ensino não se refere somente a matrícula, mas ao ensino de qualidade, até sua conclusão. Este atendimento deverá garantir a qualidade da educação escolar, promovendo a formação humana, com vinculação indissociável entre o acesso, permanência e aprendizagem.
A oferta de uma educação de qualidade será uma das saídas para regularizar os percursos escolares, bem como, o atendimento em turno integral que está assegurado pela LDB em seu artigo 34, § 2°, que também deverá ser utilizado como uma das formas para se diminuir as desigualdades sociais.
A presença de alguns jovens com mais de 14 anos no Ensino Fundamental, demanda a criação de condições próprias para a aprendizagem desta faixa etária, adequadas da sua maneira de usar o espaço, o tempo, os recursos didáticos e as formas peculiares que a juventude tem de conviver. O atraso no percurso escolar resultante da repetência e da evasão sinaliza para a necessidade de políticas educacionais destinadas a correção das distorções idade-série.
Além do atendimento pedagógico, a escola tem responsabilidades sociais que extrapolam o simples ensinar, especialmente para as crianças carentes. Para garantir um melhor equilíbrio e desempenho dos seus alunos, faz-se necessário ampliar o atendimento social, com programas de alimentação escolar, livro didático e outros materiais, transporte escolar, biblioteca, esporte, teatro e dança, e até mesmo com atendimento extra-curricular.
O Currículo deverá ser mantido atualizado e garantir-se que o mesmo possibilite a interdisciplinaridade, que esteja embasado nos Parâmetros Curriculares Nacionais, que insira temas transversais como ética, meio ambiente, pluralidade cultural, trabalho e consumo, entre outros; e que esteja em consonância com as diretrizes do Conselho Nacional e Estadual de Educação e com diretrizes do município.
Deve-se assegurar uma infra-estrutura adequada visando atender as necessidades esportivas, artísticas, recreativas, culturais, a utilização das tecnologias, educacionais em multimídia e também aos portadores de necessidades especiais, independente do tamanho, ou seja, dos números de alunos da escola, pois deve-se priorizar  uma educação de qualidade à todas as escolas.
Reforçando o Projeto Político Pedagógico das escolas, como a própria expressão de sua organização educativa, surgem os conselhos, associações e grêmios estudantis, que deverão orientar-se pelo princípio democrático da participação. A gestão da educação e a cobrança de resultados, tanto das metas
como dos objetivos neste Plano envolverão comunidade, alunos, pais, professores e demais trabalhadores da educação.
Avançar nos programas de formação continuada e qualificação de professores, estes habilitados, terão competência de atualizar os currículos, justamente com os técnicos da secretaria de educação, valorizando um paradigma curricular que possibilite a interdisciplinaridade e abra novas perspectivas no desenvolvimento de habilidades para dominar este novo mundo que  se desenha.
Acima de tudo é indispensável centrar a prática educativa escolar na formação humana, proporcionando emancipação e construção de cidadania ativa, formando cidadãos sujeitos de sua história e da história de sua comunidade, contribuindo na transformação do mundo e minimizando as desigualdades sociais, buscando mudanças econômicas sociais e políticas da sociedade.

Objetivos e Metas           

1.       Assegurar a partir da vigência deste plano a ampliação progressiva do atendimento dos alunos do Ensino Fundamental, garantindo o acesso e a permanência de todos os alunos na escola, caso haja necessidade, estabelecer programas específicos com a colaboração da União e do Estado.  
2.       Ampliar para nove anos a duração do ensino fundamental obrigatório com início aos seis anos de idade, à medida que for sendo universalizado o atendimento na faixa de 7 a 14 anos, com instalações e recursos adequados a faixa etária.

3.       Manter padrões mínimos de infra-estrutura para o Ensino Fundamental, compatíveis com o tamanho do estabelecimento:

a)    Espaço, iluminação, insolação, ventilação, água potável, rede elétrica, segurança e temperatura ambiente;
b)    Instalações sanitárias e para higiene;
c)    Espaços para esportes com quadra coberta, recreação, biblioteca e serviço de merenda escolar;
d)    Adaptação dos edifícios escolares para o atendimento dos alunos de necessidades especiais;
e)    Atualização e ampliação do acervo das bibliotecas, e auxiliares (bibliotecários);
f)     Telefone e serviço de reprodução de texto;
g)    Informática e equipamento multimídia para o ensino, internet.
h)   Mobiliários, equipamentos e materiais pedagógicos;
i)     Equipamento didático pedagógico de apoio ao trabalho em sala de aula;
j)      Auditório e sala de vídeo.

5. Oportunizar a qualificação e habilitação dos profissionais para as séries finais do Ensino Fundamental.

6. Garantir gradativamente que o professor do 1º ano, tenha 20 hs para planejamento e reforço com seu aluno.
7. Garantir formação continuada para todos os professores do ensino fundamental de forma atualizada.

8. Garantir a capacitação aos professores da rede municipal de ensino voltados para o atendimento aos alunos portadores de necessidades especiais.

9. Pessoal especializado para alunos DA (deficientes auditivos), DV (deficientes visuais), e DM (deficiência motora) e psicólogo para todos.

10. Reestruturar os currículos escolares, respeitando as peculiaridades do município.

11. Assegurar que em dois anos, todas as escolas tenham formulado seus projetos pedagógicos, com observância das Diretrizes Curriculares para o ensino fundamental, dos Parâmetros Curriculares Nacionais e a Proposta Curricular de Santa Catarina.

12. Integrar recursos do Poder Público destinados à política social, em ações conjuntas da União, dos Estados e Municípios, para garantir entre outras metas, a Renda Mínima Associada a Ações Sócio-educativas para as famílias com carência econômica comprovada.

13. Manter e consolidar o programa de avaliação do livro didático criado pelo Ministério de Educação, estabelecendo entre seus critérios a adequada abordagem das questões de gênero e etnia e a eliminação de texto discriminatórios ou que reproduzam estereótipos acerca do papel da mulher, do negro e o índio. Primando a quantidade de livros didáticos em número superior a matrícula do ano anterior.

14. Instalar progressivamente sala informatizada nas unidades escolares, com pessoa habilitada para orientar o uso, não só dos alunos, como também da comunidade.

15. Prover de literatura, textos científicos, obras básicas de referência e livros didático-pedagógicos de apoio ao professor às escolas do ensino fundamental.

16. Assegurar o cumprimento da política do transporte escolar, com colaboração financeira da União, Estados e Município.

17. Garantir, com a colaboração da União e do Estado, o provimento da alimentação escolar e o equilíbrio necessário garantindo os níveis calórico-protéicos por faixas etárias

18. Assegurar o acesso à cultura, ao lazer e ao esporte à todos os munícipes interessados e não apenas aos da área urbana, criando também Programas que atendam todas as escolas, garantindo transporte aos mesmos.

19. Articular as atuais funções de supervisão e inspeção no sistema de avaliação e a formação de uma Equipe de Avaliação e Acompanhamento para avaliar e acompanhar tanto o desempenho dos alunos como dos professores.
20. Proceder um mapeamento do município, por meio de censo educacional, das crianças fora da escola, visando localizar a demanda e universalizar a oferta de ensino obrigatório.
21. A educação ambiental tratada como tema transversal, será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em parceria com as Secretarias de Estado e Municipal de Agricultura, assim como para colaboração e subsídios na implementação dos projetos de horta escolar.
22. Garantir a revisão e implementação do Plano de Carreira.
23. Mobilização da classe de profissionais da educação, para participação efetiva e consciente do Conselho Municipal de Educação, que tratam da aplicação planejada e adequada dos recursos destinados a educação.

24. Garantir aplicação de testes de acuidade visual e auditiva para detectar problemas e oferecer acompanhamento médico e equipamentos ópticos a todos os alunos do Ensino Fundamental, encaminhando-os as políticas públicas eficientes.

25. Viabilizar parceria com a Secretaria de Saúde para assegurar a prevenção da cárie dentária, higiene bucal, exames parasitais, além do atendimento necessário a todos os alunos, incluindo serviços especializados
26. Integrar a família no processo educacional através de projetos participativos.

27. Assegurar a reestruturação e a reorganização das instituições de ensino, criando condições de instrumentalização e adequação dos laboratórios das diversas ciências.

28. Desenvolver políticas públicas articuladas para a superação da repetência e da evasão escolar além de alcançar a permanência de toda a criança na escola, garantindo um processo educacional inclusivo.

29. Integrar a escola com a comunidade na resolução dos problemas ambientais e sociais.

30. Garantir a implementação de políticas educacionais específicas para as escolas do meio rural, com recursos tecnológicos educacionais, considerando as especificidades e as exigências do meio, objetivando o desenvolvimento e permanência do educando no campo.

31. Garantir atividades de cultura, lazer e esporte escolar e/ou a participação em outras atividades lúdico-pedagógico, adaptadas aos alunos impossibilitados da prática de Educação Física.

32. Ampliar espaços físicos de forma vertical, desta forma fortalecendo as bases do piso inferior das salas novas podendo contemplar às exigências acima.

33. Adaptar o espaço físico escolar de modo que contemple todas as disciplinas da grade curricular do ensino fundamental de 2ª a 8 ª séries e 1º ao 9º ano (implantação de ensino fundamental de 9 anos de duração em 2007)  em salas ambientes e em período integral.
34. Garantir uma semana de estudo específico para planejamento e avaliação anual, antes do início do ano letivo, com 01 (uma) parada bimestral para avaliação e revisão do mesmo.
35. Limite máximo de 30 alunos por turma (com alunos portadores de necessidades educativas especiais) e auxílio de 01 monitora com formação no magistério.


  
ENSINO MÉDIO:

 Diagnóstico

No município de Trombudo Central observa-se que  o número  geral das matrículas   do  ensino médio  foi crescente com algumas oscilações em 2004 e 2006, porém  ainda  não  se  conseguiu  atingir  a  totalidade  dos  alunos  que a cada  ano  concluem o  ensino fundamental.
Com os dados estatísticos fornecidos pelas escolas, constatou-se que ocorreu um número considerável de evadidos (principalmente nas fases iniciais),bem como o maior índice de reprovação.
Considerando o processo de modernização em curso no País, o ensino médio tem um papel importante a desenvolver. Tanto nos países desenvolvidos quanto nos que lutam para superar o subdesenvolvimento, a expansão do ensino médio pode ser um poderoso fator de formação para a cidadania e de qualificação profissional.
Há, entretanto, aspectos positivos no panorama do ensino médio brasileiro. O mais importante deles é que este foi o nível de ensino que apresentou maior taxa de crescimento nos últimos anos, em todo o sistema, associado a uma recente melhoria do ensino fundamental e à ampliação do acesso ao ensino médio.          Entretanto, no caso do ensino médio, não se trata apenas de expansão. Entre os diferentes níveis de ensino, esse foi o que enfrentou, nos últimos anos, a maior crise em termos de ausência de definição dos rumos que deveriam ser seguidos em seus objetivos e em sua organização. Um aspecto que deverá ser superado com a implantação das Novas Diretrizes Curriculares para o ensino médio e com programas de formação de professores, sobre tudo nas áreas de Ciências, Química, Física e Matemática.
Quanto ao financiamento do ensino médio, a Emenda Constitucional n.º 14, assim como a Lei de Diretrizes e Bases, atribui ao estado a responsabilidade pela sua manutenção e desenvolvimento. O surpreendente crescimento do ensino médio se deve, basicamente, às matrículas na rede estadual.  A diminuição da matrícula na rede privada atesta o caráter cada vez mais público deste nível de ensino. Com a Medida Provisória nº 339 de 28 de dezembro de 2006, que institui o FUNDEB, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o Ensino Médio passa a integrar este Fundo, recebendo recursos específicos para esta etapa de ensino, o que contribuirá para uma expansão futura.
Esforços significativos vêm sendo despendidos para atender o preceito constitucional de ampliar progressivamente a oferta desse nível de ensino, até sua universalização. A divisão de responsabilidades referentes ao ensino fundamental entre o estado e os municípios tem gerado fatores que contribuem para a expansão da demanda na rede pública estadual, verificados os seguintes fatores:

·              Aumento na demanda das séries finais do ensino fundamental;
·              Retorno dos alunos egressos do ensino fundamental;
·              Expansão da oferta de transporte escolar;
·              Exigências de qualificação do mercado de trabalho
A política de reordenamento vem conseguindo disponibilizar vagas para a crescente procura do ensino médio e, ao mesmo tempo, atender aos alunos que provêm do ensino fundamental da rede pública estadual.
Em nosso município são oferecidas matrículas para o ensino médio tanto no período diurno (04 turmas) como noturno (04 turmas e 02 turmas de magistério).
Trabalha-se para que o ensino médio diurno seja mantido, vendo-se que há matrícula considerável, em função da preocupação dos pais quanto ao estudo no período noturno, (possibilidade de assalto, drogas e abusos a que podem estar expostos seus filhos). Além disso, normalmente os alunos na faixa etária de 15 a 17 anos ainda se encontram, em sua maioria fora do mercado de trabalho, o que lhes permite, por comodidade, optar pelo ensino médio diurno.



Diretrizes

A demanda pelo ensino médio – terceira etapa da educação básica – vai compor-se, também, de segmentos já inseridos no mercado de trabalho, que aspirem melhoria social e salarial e precisem dominar habilidades que permitem assimilar e utilizar, produtivamente, recursos tecnológicos novos e em acelerada transformação.
 Desde meados dos anos 80, foi no ensino médio que se observou o maior crescimento de matrículas do país. De 1985 a 1994, esse crescimento foi superior a 100%, enquanto no ensino fundamental foi de 30%.
         O ponto de ruptura do sistema educacional brasileiro situou-se no acesso à escola, posteriormente na passagem do antigo primário ao ginásio, em seguida pela diferenciação da qualidade do ensino oferecido, hoje ele se dá no limiar e dentro do ensino médio.
Pelo caráter que assumiu na história educacional de quase todos os países, a educação média é particularmente vulnerável à desigualdade social. Na disputa permanente entre orientações profissionalizantes ou acadêmicas, entre objetivos humanistas ou econômicos, a tensão expressa nos privilégios e nas exclusões decorre da origem social. Em vista disso, o ensino médio proposto neste plano deverá enfrentar o desafio dessa dualidade com oferta de escola média de qualidade a toda a demanda. Uma educação que propicie aprendizagem de competências de caráter geral, criem pessoas mais aptas a assimilar mudanças, mais autônomas em suas escolhas, que respeitem as diferenças e superem a segmentação social.
Preparando jovens e adultos para os desafios da modernidade, o ensino médio deverá permitir aquisição de competências relacionadas ao pleno exercício da cidadania e da inserção produtiva: auto-aprendizagem; percepção da dinâmica social e capacidade para nela intervir; compreensão dos processos produtivos; capacidade de observar, interpretar e tomar decisões; domínio de aptidões básicas de linguagens, comunicação, abstração; habilidades para incorporar valores éticos de solidariedade, cooperação e respeito às individualidades.
As metas de expansão da oferta e de melhoria da qualidade do ensino médio devem estar associadas, de forma clara, a diretrizes que levem à correção do fluxo de alunos na escola básica, hoje com índices de distorção idade-série inaceitáveis.
Por outro lado, o estabelecimento de um sistema de avaliação, à semelhança do que ocorre com o ensino fundamental, é essencial para o acompanhamento dos resultados do ensino médio e correção de seus equívocos. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e, mais recentemente, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), operados pelo MEC, os sistemas de avaliação já existentes em algumas unidades da federação que, certamente, serão criados em outras, e os sistemas estatísticos já disponíveis, constituem importantes mecanismos para promover a eficiência e a igualdade do ensino médio oferecido em todas as regiões do País.
  
Há que se considerar, também, que o ensino médio atende a uma faixa etária que demanda uma organização escolar adequada à sua maneira de usar o espaço, o tempo e os recursos didáticos disponíveis. Esses elementos devem pautar a organização do ensino a partir das novas diretrizes curriculares para o ensino médio, já, elaborado e aprovado pelo Conselho Nacional de Educação.
Assim as Diretrizes do Plano nacional de educação apontam a criação de incentivos e a retirada de todo obstáculo para que os jovens permaneçam no sistema escolar e aos 17 ou 18 anos de idade, estejam concluindo a educação básica com uma sólida formação geral.
O ensino médio deverá ter o desafio de oferecer educação que propicie aprendizagem de competência de caráter geral, forme pessoas mais aptas a assimilar e provocar mudanças que respeitem as diferenças e superem a segmentação social.
A disposição constitucional (art. 208, III) de integração dos portadores de deficiência na rede regular de ensino será implementada através de qualificação dos professores e da adaptação das escolas quanto às condições físicas, mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos. Quando necessário atendimento especializado, serão observadas diretrizes específicas, contidas no capítulo sobre educação  especial.

Objetivos e Metas

  
1. Elaborar, no prazo de um ano, padrões mínimos nacionais de infra-estrutura para o ensino médio, compatível com a realidade regional, incluindo:
a) Espaço, iluminação, ventilação e insolação dos prédios escolares;
b) Instalações sanitárias e condições para a manutenção da higiene em todos os edifícios escolares;
c) Espaço para esporte e recreação;
d) Biblioteca adequada ao Ensino Médio;
e) Adaptação dos edifícios escolares para o atendimento dos alunos portadores de necessidades especiais;
f) Instalação para laboratórios de ciências;
g) Laboratório de informática e equipamento multimídia para o ensino dentro das áreas e Internet;
a)       Atualização e ampliação do acervo das bibliotecas incluindo material bibliográfico de apoio ao professor e aos alunos;
b)       Equipamento didático-pedagógico de apoio ao trabalho em sala de aula;
    2. Apoiar e incentivar as organizações estudantis, como espaço de participação e exercício da cidadania.
   
3. A Educação ambiental tratada como tema transversal, será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em conformidade com a Lei Nº 9.795/99.

4. Formular e implementar, progressivamente, uma política de gestão da infra-estrutura física, que segure;

a)     Atendimento no prazo de dois anos a contar da vigência deste Plano, da totalidade dos egressos do Ensino Fundamental e a inclusão dos alunos com defasagem série idade, além daqueles que possuem necessidades especiais de aprendizagem;
b)     Ofertas de vagas que no prazo de cinco anos, correspondam a 50% e em dez anos a 100% da demanda do ensino médio.
c)     O re-ordenamento, a partir do primeiro ano deste Plano, da rede de escolas públicas que contemple a ocupação racional dos estabelecimentos de ensino estaduais e municipais, com o objetivo, entre outros, de facilitar a delimitação de instalações físicas próprias para o ensino médio separadas, pelo menos, dos cincos primeiros anos do ensino fundamental e da educação infantil.

5. Implantar e consolidar, no prazo de cinco anos a concepção curricular atendendo o disposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais.

6. Melhorar o aproveitamento dos alunos do ensino Médio de forma a atingir níveis satisfatórios de desempenho, definidos e avaliados pelo Sistema Nacional de  Avaliação da Educação Básica (SAEB) pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e pelos sistemas de avaliação que venham  a ser implantados.

7. Reduzir a repetência e a evasão de modo a diminuir para 4 anos o tempo médio para conclusão deste nível de ensino;

8. Criar mecanismos de incentivo financeiro para iniciação a pesquisa, para alunos do Ensino Médio;

9. Assegurar programas de apoio pedagógico para suprir a defasagem da aprendizagem, bem como equipamento didático – pedagógico de apoio ao trabalho em sala de aula.

10. Adotar medidas para ampliar a oferta diurna e manter a oferta do noturno, suficiente para garantir o atendimento dos alunos que trabalham;

11. Proceder, em dois anos, uma revisão da organização  didático-pedagógico e administrativa  do ensino noturno, de forma a adequá-la às necessidades do aluno trabalhador, sem prejuízo da qualidade do ensino;


12. Implantar atividades complementares, com a criação e manutenção de projetos visando: práticas esportivas, música, teatro, informática, entre outros, como opção para os alunos do Ensino Médio;

13. Manter o Transporte escolar para o Ensino Médio, diurno e noturno;

14. Conscientizar a classe empresarial no sentido de exigir o ensino médio de seus empregados;

15. Obrigatoriedade do Ensino Médio;
16. Resgatar alunos que estejam fora da sala de aula, através de iniciativas de  parceria entre  escola, empresas e  demais  órgãos  parceiros;

17. Criar sistemas de avaliação estadual, que sejam responsáveis pela admissão do aluno no ensino superior;
18. Criar estrutura física, compatível ao nível de ensino;

19. Orientador profissional na área de psicologia;
20. Em nível regular, inclusive Médio, criar um assessoramento aos professores, em que existam alunos portadores de deficiência;
21. Oportunizar Ensino Médio profissionalizante ou técnico em Trombudo Central, baseada na necessidade da demanda.


  
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Diagnóstico
A Constituição Federal determina como um dos objetivos do Plano Nacional de Educação a integração de ações do poder público que conduzam à erradicação do analfabetismo (art. 214, I). Trata-se de tarefa que exige uma ampla mobilização de recursos humanos e financeiros por parte dos governos e da sociedade.
Os déficits do atendimento no ensino fundamental resultaram, ao longo dos anos, num grande número de jovens e adultos que não tiveram acesso ou não lograram terminar o ensino fundamental obrigatório.
As gerações antigas não podem ser consideradas como as únicas responsáveis pelas taxas atuais, pois pessoas entre quinze e trinta anos em 1997 somavam cerca de 21,4 % do analfabetismo total. O problema não se resume apenas a uma questão demográfica. O analfabetismo está intimamente associado às taxas de escolarização e ao número de crianças fora da escola.
É necessário agir, tanto sobre a demanda existente quanto sobre as futuras gerações. É fundamental garantir o acesso e a permanência a todas as crianças e adolescentes na escola, na idade obrigatória, até a conclusão da Educação Básica.
O mundo do trabalho exige paralelamente, novas competências, especialmente o domínio das línguas estrangeiras e das novas tecnologias da Informação e da Comunicação. Não é mais viável pensar na escola como um momento único na vida do trabalhador. Isto requer dos órgãos públicos e de toda a sociedade uma mobilização no sentido de assegurar freqüentes oportunidades educacionais no decorrer de sua vida profissional.
Na medida em que for vencida a demanda de educação Básica, é urgente oportunizar o acesso à educação permanente como forma de redução dos fatores de exclusão social, garantindo qualidade de vida a todos os cidadãos trombudenses.
Para a realização das ações, faz-se necessário um pacto social onde todos os segmentos responsáveis pela condução dos destinos de Trombudo Central sejam parceiros, assegurando no decênio oportunidades educacionais aos jovens e adultos que necessitam deste atendimento.
  

Diretrizes


De acordo com a Carta Magna (art. 208, I), a modalidade de ensino "educação de jovens e adultos", no nível fundamental deve ser oferecida gratuitamente pelo Estado a todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. Trata-se de um direito público subjetivo (CF, art. 208, § 1º). Por isso, compete aos poderes públicos disponibilizar os recursos para atender a esta educação.
Para atender a essa clientela, numerosa e heterogênea no que se refere a interesses e competências adquiridos na prática social, há que se diversificar os programas. Neste sentido, é fundamental a participação solidária de toda a comunidade, com o envolvimento das organizações da sociedade civil diretamente envolvidas na temática. São necessárias ainda, a produção de materiais didáticos e técnicas pedagógicas apropriadas, além da especialização do corpo docente.
A integração dos programas de educação de jovens e adultos com a educação profissional, aumenta sua eficácia, tornando-os mais atrativos. É importante o apoio dos empregadores, no sentido de considerar a necessidade de formação permanente – o que pode dar-se de diversas formas: organização de jornadas de trabalho compatíveis com o horário escolar; concessão de licenças para freqüência em cursos de atualização; implantação de cursos de formação de jovens e adultos no próprio local de trabalho. Também é oportuno observar que há milhões de trabalhadores inseridos no amplo mercado informal, ou à procura de emprego, ou ainda – sobretudo as mulheres – envolvidas com tarefas domésticas. Daí a importância da associação das políticas de emprego e proteção contra o desemprego à formação de jovens e adultos, além de políticas dirigidas para as mulheres, cuja escolarização tem, ademais, um grande impacto na próxima geração, auxiliando na diminuição do surgimento de "novos analfabetos".
As profundas transformações que vêm ocorrendo em escala mundial, em virtude do acelerado avanço científico e tecnológico e do fenômeno da globalização, tem implicações diretas nos valores culturais, na organização das rotinas individuais, nas relações sociais, na participação política, assim como na reorganização do mundo do trabalho.
A necessidade de contínuo desenvolvimento de capacidades e competências para enfrentar essas transformações alterou a concepção tradicional de Educação de Jovens e adultos, não mais restritas a um período particular da vida ou uma finalidade circunscrita.
Desenvolve-se o conceito de educação ao longo de toda a vida, que há de se iniciar com a alfabetização, não bastando, todavia, apenas ensinar a ler e a escrever.
A política educacional desenvolvida historicamente no país tem contribuído para o processo de dominação e de exclusão social.
Hoje, educar numa perspectiva inclusiva em todos os níveis de ensino requer preparar para a transformação da realidade construindo novas relações no cotidiano.
Neste contexto, o conhecimento deve permitir a construção da solidariedade na diversidade, onde o sujeito faz parte de um contexto social, capaz de se indignar frente aos problemas, às injustiças e às dificuldades existentes, buscando a superação.

Objetivos e Metas:

  1. Articular as políticas de educação de jovens e adultos com as de proteção contra o desemprego e de gerações de empregos;
  2. Articular as políticas de educação de jovens e adultos com as culturais, de sorte que sua clientela seja beneficiária de ações que permitam ampliar seus horizontes culturais;
  3. Incluir, a partir da aprovação do Plano de educação, a educação de Jovens e Adultos nas formas de financiamento da Educação Básica;
  4. Estabelecer programa estadual de fornecimento de material didático pedagógico às escolas e aos alunos do EJA;
  5. Expandir a oferta de programas de educação à distância na modalidade do EJA, incentivando seu aproveitamento nos cursos presenciais;
  6. Estabelecer processo de avaliação institucional contemplando também a Educação de Jovens e Adultos;




  1. Proporcionar transporte escolar gratuito para os alunos;
  2. Expandir o número de vagas de Ensino Fundamental e médio nos cursos de Educação de Jovens e Adultos, garantindo, também, a universalização do atendimento dos Jovens e adultos com necessidades especiais na alfabetização e educação básica;
  3. Atualizar e ampliar o acervo da biblioteca, incluindo a educação de Jovens e adultos no fornecimento de material pedagógico;
  4. Garantir que a educação de Jovens e Adultos tenha uma organização com uma carga horária adequada à realidade dos alunos trabalhadores e os do meio rural;
  5. Incentivar a produção e divulgação dos trabalhos realizados pelos alunos da Unidade Descentralizada de Educação de Jovens e Adultos.
  6.  Erradicar o analfabetismo, através de grande mobilização, envolvendo todos os setores da sociedade;
  7. Assegurar, nesta década, a oferta de educação de Jovens e adultos equivalente  ao Ensino Fundamental, para 50% da população;
  8. Incluir o ensino de jovens e adultos no fornecimento de material didático pedagógico, adequado a clientela pelo MEC;
  9. Assegurar a capacitação dos professores de acordo com o perfil da clientela;
  10. Para melhor atendimento rever o número de alunos para formação de grupos, para menor e obedecendo a legislação vigente, em todos os segmentos dentro do CEJA e U.D;
  11. Estabelecer políticas que facilitam parcerias, aproveitando o potencial comunitário em benefício do Ensino de Jovens e adultos;
  12. Ampliação de espaço físico para atender a demanda da comunidade (sede própria);
  13. Informatização da secretaria e um laboratório de informática para uso de professores e alunos com internet;
  14. Formação continuada. O ensino de Jovens e adultos, com atual objetivo, deverá extinguir-se, caso contrário a Educação regular não estará cumprindo seu papel. Portanto a função dentro do ensino de Jovens e adultos deverá continuar, atuando na área de cursos técnicos, profissionalizantes e até uma universidade para a terceira idade;
  15. A escola do futuro deve qualificar o adulto a escrever a cidadania, o espírito crítico e participar em parceria da reconstrução da sociedade;

  

EDUCAÇÃO ESPECIAL
 Diagnóstico
A Constituição Federal estabelece o direito de as pessoas com necessidades especiais receberem educação preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208, III). A diretriz atual é a da plena integração dessas pessoas em todas as áreas da sociedade. Trata-se, portanto, de duas questões - o direito à educação, comum a todas as pessoas, e o direito de receber essa educação sempre que possível junto com as demais pessoas nas escolas "regulares".
A legislação, no entanto, é sábia em determinar preferência para essa modalidade de atendimento educacional, ressalvando os casos de excepcionalidade em que as necessidades do educando exigem outras formas de atendimento. As políticas recentes do setor têm indicado quatro situações possíveis para a organização do atendimento: participação nas classes comuns, de recursos, sala especial e escola especial. Todas as possibilidades têm por objetivo a oferta de educação de qualidade.
As tendências recentes dos sistemas de ensino são as seguintes:
·    integração/inclusão do aluno com necessidades especiais no sistema regular de ensino e, se isto não for possível em função das necessidades do educando, realizar o atendimento em classes e escolas especializadas;
·    ampliação do regulamento das escolas especiais para prestarem apoio e orientação aos programas de integração, além do atendimento específico;
·    melhoria da qualificação dos professores do ensino fundamental para essa clientela;
·    expansão da oferta dos cursos de formação/especialização pelas universidades e escolas normais, na área da educação.

Apesar do crescimento das matrículas, o déficit é muito grande e constitui um desafio imenso para os sistemas de ensino, pois diversas ações devem ser realizadas ao mesmo tempo. Entre elas, destacam-se as sensibilizações dos demais alunos e da comunidade em geral para a integração, as adaptações curriculares, a qualificação dos professores para o atendimento nas escolas regulares e a especialização dos professores para o atendimento nas novas escolas especiais, produção de livros e materiais pedagógicos adequados para as diferentes necessidades, adaptação das escolas para que os alunos especiais possam nelas transitar, oferta de transporte escolar adaptado, etc.
Mas o grande avanço que a década da educação deveria produzir será a construção de uma escola inclusiva, que garanta o atendimento à diversidade humana.
A Educação Especial no município de Trombudo Central, compõe-se na maioria de professores e profissionais habilitados na Rede especial de Ensino, estruturada nas seguintes modalidades de atendimento: ·         Estimulação Essencial ( 0 a 3 anos, 11 meses e 29 dias);

·         SAED (Serviço de Atendimento Educacional Especializado ( 4 a 10 anos);
·         Serviço Pedagógico Específico (4 ao 14 anos);
·         Ocupacional (acima de 14 anos);
·         Oficina Pedagógica I.

Para coordenar e definir a política de educação Especial de Santa Catarina, o Governo do estado instituiu através da Lei nº 4.156/68, a Fundação Catarinense de Educação Especial FCEE, que tem como missão, fomentar, produzir e difundir o conhecimento científico e tecnológico referente à educação especial.
Por suas características técnico pedagógicos, o trabalho com estes educandos demanda que os profissionais tenham, além de conhecimentos educacionais gerais, conhecimentos específicos sobre as diferentes deficiências, bem como de alguns recursos pedagógicos e tecnológicos que contribuam na melhoria da  relação entre quem ensina e quem aprende.
Apesar de todo o investimento, o déficit ainda é muito grande e constitui um desafio imenso para os sistemas de ensino, pois diversas ações devem estar articuladas entre os órgãos governamentais e não-governamentais para atender a crescente demanda dessa categoria da população.
Destaca-se ainda alguns aspectos relevantes que interferem na consolidação dos direitos adquiridos constitucionalmente:
·                    Pouco investimento na capacitação dos professores das classes regulares em relação a educação especial;
·                    Dificuldade na coleta de dados estatísticos sobre a educação especial;
·                    Inexistência de um serviço para atender os educandos que apresentam altas habilidades;
·                    Dificuldades dos professores em avaliar o educando com necessidades educacionais especiais;
·                    Insuficientes recursos humanos e físicos nos municípios para atendimento reabilitatório;
·                    Resistência e, em alguns casos, desconhecimento dos profissionais da educação sobre a política de educação inclusiva;
·                    Falta de sensibilização dos demais alunos e da comunidade para a inclusão dessas pessoas.

Considera-se importante, lançar um grande desafio para o próximo decênio. Novos rumos estão propostos para a educação especial: caminhar decisivamente em direção a consolidação da escola inclusiva, na qual a integração das pessoas com necessidades educacionais especiais “seja uma prática, cujas bases incontestáveis do direito e do reconhecimento às diferenças jamais permitam o retrocesso. Com toda a certeza, a história não deixará dúvidas sobre a importância de cada passo nessa longa trajetória. (Santa Catarina, 1988).


Diretrizes

São consideradas pessoas com necessidades educacionais especiais aquelas que necessitam de recursos didáticos e equipamentos especiais para sua aprendizagem e/ou desenvolvimento, originadas quer de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como altas habilidades.
A educação especial se destina às pessoas com necessidades especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como altas habilidades, superdotação ou talentos.
A integração dessas pessoas no sistema de ensino regular é uma diretriz constitucional (art. 208, III), fazendo parte da política governamental há pelo menos uma década. Mas, apesar desse relativamente longo período, tal diretriz ainda não produziu a mudança necessária na realidade escolar, de sorte que todas as crianças, jovens e adultos com necessidades especiais sejam atendidos em escolas regulares, sempre que for recomendado pela avaliação de suas condições pessoais. Uma política explícita e vigorosa de acesso à educação, de responsabilidade da União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios, é uma condição para que às pessoas especiais sejam assegurados seus direitos à educação. Tal política abrange: o âmbito social, do reconhecimento das crianças, jovens e adultos portadores de algumas necessidades educacionais especiais como cidadãos e de seu direito de estarem incluídos na sociedade o mais plenamente possível; e o âmbito educacional, tanto nos aspectos administrativos (adequação do espaço escolar, de seus equipamentos e materiais pedagógicos), quanto na qualificação dos professores e demais profissionais envolvidos. O ambiente escolar como um todo deve ser sensibilizado para uma perfeita inclusão. Propõe-se uma escola integradora, inclusiva, aberta à diversidade dos alunos, no que a participação da comunidade é fator essencial. Quanto às escolas especiais, a política de inclusão as reorienta para prestarem apoio aos programas de inclusão.
Certas organizações da sociedade civil, de natureza filantrópica, que envolvem os pais de crianças especiais, têm, historicamente, sido um exemplo de compromisso e de eficiência no atendimento educacional dessa clientela, notadamente na etapa da educação infantil. Longe de diminuir a responsabilidade do Poder Público para com a educação especial, o apoio do governo a tais organizações visa tanto à continuidade de sua colaboração quanto à maior eficiência por contar com a participação dos pais nessa tarefa. Justifica-se, portanto, o apoio do governo a essas instituições como parcerias no processo educacional dos educandos com necessidades especiais.
Requer-se um esforço determinado das autoridades educacionais para valorizar a permanência dos alunos nas classes regulares, eliminando a nociva prática de encaminhamento para classes especiais daqueles que apresentam dificuldades comuns de aprendizagem, problemas de dispersão de atenção ou de disciplina. A esses deve ser dado maior apoio pedagógico nas suas próprias classes, e não separá-los como se precisassem de atendimento especial.
A Educação tem hoje, portanto um grande desafio: definir ações práticas e viáveis, que tenham como fundamento uma política específica, em âmbito estadual e municipal orientada para a inclusão dos serviços de educação Especial na educação regular. Operacionalizar a inclusão escolar, de  que todos os alunos, independente de classe, raça, gênero, características individuais ou necessidades educacionais especiais, possam aprender juntos em uma escola de qualidade, numa clara demonstração de respeito à diferença e compromisso com a promoção dos direitos humanos.

“A Educação Especial é caracterizada pela adequação das propostas curriculares, recursos humanos, físicos, materiais e financeiros, no sentido de garantir às pessoas com necessidades especiais uma educação de qualidade, respeitando-se seus ritmos próprios, permitindo-lhe desenvolver-se plenamente, incluir-se e participar ativamente da sociedade” (Necessidades Educativas Especiais, Realidade e Perspectivas para a Educação Pública, p. 56)

Objetivos e Metas
1. Organizar, no Município, parceria com as áreas de saúde e assistência, programas destinados a ampliar a oferta da estimulação precoce (interação educativa adequada) para as crianças com necessidades educacionais especiais, em instituições especializadas ou regulares de educação infantil, especialmente em creches.
2. Ampliar o fornecimento e uso de equipamentos de informática como apoio à aprendizagem do educando com necessidades especiais, inclusive através de parceria com organizações da sociedade civil voltadas para esse tipo de atendimento.
3. Assegurar a inclusão, no projeto pedagógico das unidades escolares, da adaptação e organização do currículo escolar, do atendimento às necessidades educacionais especiais de seus alunos, definindo os recursos disponíveis e oferecendo formação em serviço aos professores em exercício.
4. Articular as ações de educação especial e estabelecer mecanismos de cooperação com a política de educação para o trabalho, em parceria com organizações governamentais e não-governamentais, para o desenvolvimento de programas de qualificação profissional para alunos especiais, promovendo sua colocação no mercado de trabalho. Definir condições para a terminalidade para os educandos  que não puderem atingir níveis superiores de ensino.
5. Incluir nos currículos de formação de professores, nos níveis médio e superior, conteúdos e disciplinas específicas para a capacitação ao atendimento dos alunos especiais, bem como profissionais habilitados para o exercício destas disciplinas.
6. Implantar gradativamente, a partir do primeiro ano deste plano, programas de atendimento aos alunos com altas habilidades nas áreas artística, intelectual ou psicomotora.
7. Assegurar a continuidade do apoio técnico e financeiro às instituições privadas sem fim lucrativo com atuação exclusiva em educação especial, que realizem atendimento de qualidade, atestado em avaliação conduzida pelo respectivo sistema de ensino.
 8- Efetivação imediata a nível municipal das metas e objetivos desenvolvidos e almejados pelo plano decenal, viabilizando a inclusão do aluno com  necessidades  especiais nas  escolas regulares, com assessoria dos profissionais da escola  especial.
9. Assegurar acompanhamento efetivo de técnicos, a nível municipal nas áreas competentes: fonoaudiologia, psicopedagogia, fisioterapeuta.
10. Incluir os pais em programas de esclarecimento, na concretização dos objetivos e metas que a eles também são vigentes.
11. Implementar os serviços de estimulação essencial / reabilitação, garantindo atendimento especializado aos educandos com necessidades educacionais especiais e seus familiares;
12. Assegurar a inclusão no Projeto Político-Pedagógico das escolas da rede regular de ensino, o atendimento às necessidades educacionais especiais de seus educando, definindo recursos e oferecendo formação contínua a seus professores;
13. Garantir até 2010, a adaptação dos equipamentos para os educandos com necessidades especiais para uso da informática educativa, incluída na rede regular de ensino.
14. Articular com a secretaria de educação Estadual e Municipal e ou Fundações desportivas a inclusão das pessoas com deficiência na política pública estadual e Municipal, bem como garantir a participação dessas pessoas nas atividades de lazer, culturais e desportivas, programadas nos calendários.
15. Garantir, a partir deste Plano aos alunos das escolas especiais, os benefícios conferidos aos demais educandos da rede regular de ensino, como: material escolar, merenda escolar, bolsa de estudo e bolsa escola.
16. Garantir o apoio técnico-pedagógico às instituições públicas ou privadas que atendam portadores de necessidades especiais.
17. Implantar representação da Educação Especial no conselho Municipal de Educação de Trombudo Central.
18. Implantar Programa de Prevenção em parceria com a área da, através de testes visuais e auditivos, na educação infantil e ensino fundamental.
19. Divulgar a nível municipal nas instituições escolares e postos de saúde por meio de palestras, sobre a prevenção, cuidados e causas que levam a uma possível deficiência, teste do pezinho, gravidez de risco (1ª gravidez depois dos 35 anos), importância do pré-natal, vacinas, doenças contagiosas, usos de drogas, etc.  


FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO
Diagnóstico

A melhoria da qualidade do ensino, que é um dos objetivos centrais do Plano Nacional de Educação, somente poderá ser alcançada se for promovida, ao mesmo tempo, a valorização do magistério. Sem esta, ficam fadados quaisquer esforços para alcançar as metas estabelecidas em cada um dos níveis e modalidades do ensino. Essa valorização só pode ser obtida por meio de uma política global de magistério, a qual implica, simultaneamente:
·         A formação profissional inicial;
·         As condições de trabalho, salário e carreira;
·         A formação continuada;
A simultaneidade dessas três condições, mais do que uma conclusão lógica, é uma lição extraída da prática. Esforços dos sistemas de ensino e, especificamente, das instituições formadoras em qualificar e formar professores tem se tornado pouco eficaz para produzir a melhoria da qualidade do ensino por meio de formação inicial porque muitos professores se deparam com uma realidade muitas vezes desanimadora. Ano após ano, grande número de professores abandona o magistério devido aos baixos salários e às condições de trabalho nas escolas.
Capacitar mais e melhor os profissionais do magistério é apenas uma parte da tarefa.  É preciso criar condições que mantenham o entusiasmo inicial, a dedicação e a confiança nos resultados do trabalho pedagógico. É preciso que os professores possam vislumbrar perspectivas de crescimento profissional e de continuidade de seu processo de formação. Se, de um lado, há que se repensar a própria formação, em vista dos desafios presentes e das novas exigências no campo da educação, que exige profissionais cada vez mais qualificados e permanentemente atualizados, desde a Educação Infantil até a Educação Superior (e isso não é uma questão meramente técnica de oferta de maior número de cursos de formação inicial e de cursos de qualificação em serviço) por outro lado é fundamental manter na rede de ensino e com perspectivas de aperfeiçoamento constante, os bons profissionais do magistério. Salário digno e carreira no magistério entram aqui, como componentes essenciais.



Diretrizes:

A qualificação do pessoal docente se apresenta hoje como um dos maiores desafios para o Plano Nacional de Educação, e o Poder Público precisa se dedicar prioritariamente à solução deste problema. A implementação de políticas públicas de formação inicial e continuada dos profissionais da educação é uma condição e um meio para o avanço científico e tecnológico em nossa sociedade e, portanto, para o
desenvolvimento do país, uma vez que a produção do conhecimento e a criação de novas tecnologias dependem do nível e da qualidade da formação das pessoas.
A melhoria da qualidade do ensino, indispensável para assegurar a população brasileira o acesso pleno a cidadania e a inserção nas atividades produtivas que permita a elevação constante do nível de vida, constitui um compromisso da Nação. Este compromisso, entretanto, não poderá ser cumprido sem a valorização do magistério, uma vez que os docentes exercem um papel decisivo no processo educacional.
A valorização do magistério implica, pelo menos, os seguintes requisitos:
·        Uma formação profissional que assegure o desenvolvimento da pessoa do educador enquanto cidadão e profissional, o domínio dos conhecimentos objeto de trabalho com os alunos e dos métodos pedagógicos que promovam a aprendizagem.
·        Um sistema de educação continuada que permita ao professor um crescimento constante de seu domínio sobre a cultura letrada, dentro de uma visão crítica e da perspectiva de um novo humanismo.
·        Jornada de trabalho organizada de acordo com a jornada dos alunos, concentrada num único estabelecimento de ensino e que inclua o tempo necessário para as atividades complementares ao trabalho em sala de aula.
·        Salários condignos, competitivos com o mercado de trabalho e com outras ocupações que requerem nível equivalente a formação.
·        Compromisso social e político do magistério.
Os quatros primeiro itens precisam ser supridos pelos sistemas de ensino. O quinto depende dos próprios professores: o compromisso com a aprendizagem dos alunos, o respeito a que tem direito como cidadãos em formação, interesse pelo trabalho e participação no trabalho de equipe, na escola. Assim, a valorização do magistério depende, pelo lado do Poder Público, da garantia de condições adequadas de formação, de trabalho, de remuneração e, pelo lado dos profissionais do magistério, do bom desempenho na atividade. Dessa forma, há que se prever na carreira, sistemas de ingresso, promoção e afastamentos periódicos para estudos que levem em conta as condições de trabalho e de formação continuada e a avaliação do desempenho dos professores.
Na formação inicial é preciso superar a histórica dicotomia entre a teoria e prática e o divórcio entre a formação pedagógica e a formação no campo dos conhecimentos específicos que serão trabalhados na sala de aula.
A formação continuada assume particular importância, em decorrência do avanço científico e tecnológico e de exigência de um nível de conhecimentos sempre mais amplos e profundos na sociedade moderna. Este plano, portanto, deverá dar especial atenção à formação permanente (em serviço) dos profissionais da educação.
Quanto à remuneração, é indispensável que níveis mais elevados correspondam a exigências maiores de qualificação profissional e de desempenho.
Este plano estabelece as seguintes diretrizes para a formação dos profissionais da educação e sua valorização:


1-           Os cursos de formação deverão obedecer, em quaisquer de seus níveis e modalidades, aos seguintes princípios:
a)    sólida formação teórica nos conteúdos específicos a serem ensinados na Educação Básica, bem como nos conteúdos especificamente pedagógicos;
b)    ampla formação cultural;
c)    atividade docente como foco formativo;
d)    contato com a realidade escolar desde o início até o final do curso, integrando a teoria a prática pedagógica;
e)    pesquisa como princípio formativo;
f)     domínio das novas tecnologias de comunicação e da informação e capacidade para integrá-las à prática do magistério;
g)    análise dos temas atuais da sociedade, cultura e economia;
h)   inclusão das questões relativas a educação dos alunos com necessidades especiais, das questões de gênero, e de etnia nos programas de formação;
i)     trabalho coletivo interdisciplinar;
j)      vivência durante o curso, de formas de gestão democrática do ensino;
k)    desenvolvimento do compromisso social e político do magistério;
l)     conhecimento e aplicação das diretrizes curriculares nacionais dos níveis e modalidades da educação básica.

2 - A formação continuada dos professores é a parte essencial da estratégia de melhoria permanente da qualidade da educação, e visará a abertura de novos horizontes na atuação profissional.

3 – A formação continuada dos profissionais da educação pública deverá ser garantida pelas secretarias municipal e estadual de educação, cuja atuação incluirá a coordenação, o financiamento e a manutenção dos programas como ação permanente e a busca de parceria com universidades e instituições de ensino superior. Aquela relativa aos professores que atuam na esfera privada será de responsabilidade das respectivas instituições.

4 – A educação escolar não se reduz a sala de aula e se viabiliza pela ação articulada entre todos os agentes educativos – docentes, técnicos, funcionários administrativos e de apoio que atuam na escola. Por esta razão, a formação dos profissionais para as áreas técnicas e administrativas deve ter a mesma qualidade que a oferecida para a área do magistério.


Objetivos e Metas:

1 – Garantir o cumprimento da Lei Complementar nº 1.250, de 07/07/00, que Dispõe sobre o Plano de Carreira e remuneração do Magistério Público Municipal e dá outras providências, e suas possíveis regulamentações, a fim de se fazer cumprir a legislação vigente sobre o assunto.
2 - Implementar, gradualmente, uma jornada de trabalho em tempo integral, quando conveniente.

3 – Garantir a destinação de 20 % da carga horária dos professores para a preparação de aulas, avaliações e reuniões pedagógicas, as horas – atividades, previstas no Plano de carreira a todo o magistério.

4 – Implementar o plano de carreira para os profissionais que atuam na áreas técnica e administrativa.

5 – Garantir o que rege a Lei de Diretrizes e bases da Educação nacional – lei 9394/96, admitindo somente professores e demais profissionais de educação que possuam as qualificações mínimas exigidas em seu artigo 62.

6 – Garantir aos professores benefícios já adquiridos.
7 – Efetuar planejamento coletivo e periódico dos temas a serem trabalhados em cada unidade escolar, com intuito de garantir uma educação uniforme e coerente.

8 – Disponibilizar encontros mensal e/ou bimestral com os professores para estudos e avaliação.

9 – Capacitar professores de todas as áreas para trabalhar com alunos portadores de necessidades especiais.



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Fernando Luiz Hoffmann
Prefeito Municipal de Trombudo Central



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Mariany Uhlendorf
Secretária Municipal de Educação, Cultura e Esportes





Trombudo Central, 13 de abril de 2007.                                                                                                                                                                                            






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