Santos (2009) traz sugestões para
Intervenções do Professor no sentido de ajudar a criança com TDAH a se adequar
melhor à sala de aula:
* Deve-se proporcionar uma boa
estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das
cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas).
* Colocar a criança perto de colegas que
não o provoquem, perto da mesa do professor.
* Encorajar freqüentemente, elogiar e
ser afetuoso, para que os alunos não desanimem facilmente.
* Procurar dar responsabilidades que
possam cumprir fazendo com que se sintam necessárias e valorizadas.
* Iniciar sempre com tarefas simples
e gradualmente mudar para mais complexas.
* Proporcionar um ambiente acolhedor,
demonstrando calor e contato físico de madeira equilibrada e, se possível,
fazer os colegas também terem a mesma atitude.
* Proporcionar trabalho de aprendizagem
em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais.
* Trabalhar em grupos pequenos, buscando
atingir melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais.
* Manter comunicação com os pais,
pois geralmente, eles sabem o que funciona melhor para o seu filho.
* Proporcionar mudança do ritmo ou o
tipo de tarefa com frequencia para eliminar a necessidade de ficar enfrentando
a inabilidade de sustentar a atenção, e isso vai ajudar a auto-percepção.
* Dar oportunidades para movimentos
monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um
bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da
classe.
* Reconhecer as deficiências e
inabilidades decorrentes do TDAH, fazendo adaptações necessárias. (Exemplo: se
a atenção é muito curta, não deve esperar concentração em uma única tarefa)
* Dar recompensa pelo esforço,
persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado.
* Trabalhar com exercícios de
consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade.
* Avaliação continua sobre o impacto
do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.
* Proporcionar contato aluno/
professor, permitindo um “controle” extra sobre o aluno na execução da tarefa,
possibilitando oportunidades de reforço positivo e incentivo para um
comportamento mais adequado.
* Colocar limites claros e objetivos;
tendo uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação frequente,
com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado.
* Fornecer instruções claras, simples e
dadas uma de cada vez, com um mínimo de distrações.
* Não segregar o aluno que talvez
precise de um canto isolado com biombo para diminuir o apelo das distrações.
* Fazer do canto um lugar de recompensa
para atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo.
* Desenvolver um repertório de
atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou
isométricos.
* Proporcionar intervalos previsíveis
sem trabalho que o aluno pode ganhar como recompensa por esforço feito,
aumentando o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através
de um processo gradual de treinamento.
* Perceber se há isolamento nas
atividades recreativas barulhentas, pode indicar dificuldades de coordenação ou
auditivas que exigem uma intervenção adicional.
* Preparar com antecedência para as novas
situações, pois tem sensibilidade em relação às suas deficiências e facilmente
se assusta ou se desencoraja.
* Trabalhar com métodos variados
(som, visão, tato), entretanto, novas experiências envolvem muitas sensações
(sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), e provavelmente irá precisar de
tempo extra para completar a tarefa.
* Reconhecer que os alunos com TDAH
necessitam de aulas diversificadas, modificando o programa para que o aluno
senta conforto.
* Ter comunicação constante com o
psicólogo ou orientador da escola, ele é a melhor ligação entre a escola, os
pais e o médico.
* Substituir as aulas monótonas aulas
mais estimulantes que venham prender a atenção do aluno. Utilizar recursos
variados que não são habituais na sala de aula (informática, experiências,
construção de maquetes, atividades desafiadoras de criar, construir e explorar.
* Procurar trazer os alunos para
perto do quadro, podendo acompanhar melhor o processo educativo, se está
conseguindo acompanhar o ritmo, ou se é necessário desacelerar um pouco.
* Fazer um roteiro das atividades do dia,
para que o aluno perceba as regras pré-definidas
e que todos devem cumpri-las.
* As tarefas devem ser curtas, para
que ele consiga concluir a tarefa e não pare pela metade, o que é muito comum.
* Não utilizar cores muito fortes na
sala e na farda como amarelo e vermelho, cores fortes tendem a deixar os alunos
mais agitados, excitados e menos atentos. Procure colocar tons mais neutros e
suaves.
* Possibilitar a saída do aluno
algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar giz em outra sala, ir ao
banheiro, assim estará evitando que ele fuja da sala por conta própria.
Elogiar o bom comportamento e as
produções, ajudando a elevar sua auto-estima.
Utilizar uma agenda de comunicação entre
pais e escola, evitando que as conversas se dêem apenas em reuniões.
* Aproveitar as aulas de educação
física como auxílio na aprendizagem dos alunos que parecem ter energia
triplicada (ginástica ajuda a liberar a energia que parece ser inesgotável,
melhora a concentração com exercícios específicos, estimula hormônios e
neurônios, a distinguir direita de esquerda já que possuem problemas de
lateralidade que prejudicam muito sua aprendizagem).
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